Cedrela fissilis Vell. 

A madeira do cedro é muito valiosa, largamente utilizada em esculturas, em movelaria e na construção civil. Na região de Nazaré Paulista, o cedro era tradicionalmente utilizado para fabricação de barcos. O cedro tem também ligação com a religiosidade da comunidade local, pois é considerada uma madeira sagrada, muito usada para fazer cruzes das igrejas, festejos e nos caminhos dos tropeiros, como afirma uma moradora da região: “O cedro é madeira sagrada, benzida”.

Porte: altura 10.0-40.0m DAP 40-300cm^3,2

Cor da floração: creme ^3,2,4

Flores de cor creme, amarelada ou esverdeado-branca.

Velocidade de desenvolvimento: Rápida ^3,4

O crescimento do cedro é extremamente variável, dependendo da intensidade da broca-do-cedro (CARVALHO, 2003).

Persistência foliar: Decídua ^2,3

Sistema radicular: - 

Formato da copa: Corimbiforme 

Diâmetro da copa: 7m ⁴

Alinhamento do tronco: Reto, Levemente tortuoso ³

Superfície do tronco: Fissurada ^1,2,3

Tipo de fruto: Seco deiscente (Cápsula) ^6,3,2

Poda de condução e de galhos: sim ³

Pragas e doenças: Broca-do-cedro (Hypsipyla grandella). ^2,3

Acúleos ou espinhos: - 

Princípios tóxicos ou alergênicos: - 

Drenagem do terreno: Áreas bem drenadas ¹⁹

Áreas bem drenadas e não alagáveis.

Categoria sucessional: Secundária inicial, Secundária tardia, Clímax ^{2,14,15,16,17}

Polinizadores: Abelhas e mariposas. ^8,2

Período de floração: setembro a janeiro ³

Tipo de dispersão: Anemocórica ^11,8,3

Agentes dispersores: - 

Período de frutificação: junho a setembro ³

Associação simbiótica com raízes: sim ¹⁸

Alta ocorrência de micorriza arbuscular (MA).

Obtenção de sementes: Coleta de frutos na árvore ^6,3

Momento de colheita: antes da abertura das cápsulas. Deixar o fruto secar em ambiente seco e ventilado. A liberação total das sementes é feita pela agitação dos frutos.

Tipo de semente: Ortodoxa ^12,13

Tratamento para germinação: Sem necessidade de tratamento ^3,7

A asa deve ser retirada para fins de semeadura.

Produção de mudas: Canteiros ^2,3,6

Semeadura direta, preferencialmente logo que as sementes são colhidas. Por ocasião da semeadura, retirar as asas das sementes. Repicagem em 4 a 6 semanas após a germinação.

Tempo de germinação: 5 a 75 dias ^6,3

Taxa de germinação: 35 a 95% ^7,3

Número de sementes por peso: 21000/Kg ⁶

Exigência em luminosidade: Exigente em luz 

Densidade: -

Possui curva de incremento médio anual (IMA): -

Possui curva de incremento corrente anual (ICA): -

¹ HOELTGEBAUM, M. P.; QUEIRÓZ, M. H.; REIS, M. S. Relação entre bromélias epifíticas e forófitos em diferentes estádios sucessionais. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 64, p. 337-347, jun. 2013.

² BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.

³ CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.

⁴ COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO - CESP. Guia de coexistência da arborização com o sistema elétrico. São Paulo: Divisão de Tecnologia, 1990. 31 p.

⁵ SAKURAGUI, C. M.; STEFANO, M. V.; CALAZANS, L. S. B. Meliaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB9990>. Acesso em: 12 mar. 2013.

⁶ LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.

⁷ FIGLIOLIA, M. B.; AGUIAR, I. B. de.; SILVA, A. da. Germinação de sementes de Lafoensia glyptocarpa Koehne (mirindiba-rosa), Myroxylon peruiferum L.f. (cabreúva-vermelha) e Cedrela fissilis Vell. (cedro-rosa). Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 18, n. único, p. 39-48, 2006.

⁸ YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.

⁹ COSTA, M. P. da; MANTOVANI, W. Composição e estrutura de clareiras em mata primária mesófila na Bacia de São Paulo, SP. Revista do Instituto Florestal, São Paulo, v. 4, p. 226-232, mar. 1992.

¹⁰ SOCIEDADE DE PESQUISA EM VIDA SELVAGEM E EDUCAÇÃO AMBIENTAL - SPVS. Manual para recuperação da reserva florestal legal. Curitiba: FNMA, 1996. 84 p.

¹¹ ZIPPARRO, V. B.; GUILHERME, F. A. G.; ALMEIDA-SCABRIA, R. J.; MORELLATO, L. P. C. Levantamento Florístico de Floresta Atlântica no Sul do Estado de São Paulo, Parque Estadual Intervales, Base Saibadela. Biota Neotropica, Campinas, v. 5, n. 1, 2005.

¹² MEDEIROS, A. C. S.; EIRA, M. T. S. Comportamento fisiológico, secagem e armazenamento de sementes florestais nativas. Colombo: Embrapa Florestas, 2006. 13 p. (Circular Técnica, 127).

¹³ CARVALHO, L. R. de; SILVA, E. A. A. da; DAVIDE, A. C. Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 28, n. 2, p. 15-25, 2006.

¹⁴ VACCARO, S.; LONGHI, S. J.; BRENA, D. A. Aspectos da composição florística e categorias sucessionais do estrato arbóreo de três subseres de uma floresta estacional decidual, no Município de Santa Tereza - RS. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 9, n. 1, p. 1-18, 1999.

¹⁵ GANDOLFI, S.; LEITÃO-FILHO, H. F.; BEZERRA, C. L. F. Levantamento florístico e caráter sucessional das espécies arbustivo-arbóreas de uma floresta mesófila semidecídua no município de Guarulhos, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 55, n. 4, p. 753-767, 1995.

¹⁶ CARVALHO, F. A.; NASCIMENTO, M. T.; BRAGA, J. M. A. Estrutura e composição florística do estrato arbóreo de um remanescente de mata atlântica submontana no município de Rio Bonito, RJ, Brasil (Mata Rio Vermelho). Revista Árvore, Viçosa, v. 31, n. 4, jul./ago., 2007.

¹⁷ DIAS, M. C.; VIEIRA, A. O. S.; NAKAJIMA, J. N.; PIMENTA, J. A.; LOBO, P. C. Composição florística e fitossociologia do componente arbóreo das florestas ciliares do Rio Iapó, na bacia do Rio Tibagi, Tibagi, PR. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 21, n. 2, ago. 1998. Disponível em: http:<//dx.doi.org/10.1590/S0100-84041998000200011>. Acesso em: 25 abr. 2013.

¹⁸ CARNEIRO, M. A. C.; SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S.; CARVALHO, D. de; BOTELHO, S. A.; JUNIOR, O. J. S. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas e arbustivas nativas de ocorrência no sudeste do Brasil. Cerne, Lavras, v. 4, n. 1, p. 129-145, 1998.

¹⁹ MARTINS, S. V. Recuperação de matas ciliares. 2 ed. Viçosa: Aprenda Fácil Editora, 2007. v. 1, 255 p.

²⁰ CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA – CNPF; Brasília: EMBRAPA – SPI, 1994. 640 p.