: É bonito.
: Muito bonito.
: Mais aí já o cara tem que sê rico memo, que fica muito caro. Mais muito tempo fazendo.
: Hum.
: É.
: Quanto tempo, mais ou menos, cê lembra, tipo, essa casa feita desse tipo de, da parede de barro.
: É que esse daí, no caso, aquela casa, tem cento e, acho que uns cento e quinze ano já, né.
: É, bem antiga.
: Então nem meu pai, não morava nem por sonho. Nem, parece, nem meu vô lembrava quando feiz. Que era de, tataravô meu, que fala, Caraça.
[...]
: E aí você tava falando das casas, né, que usava o tipo da madera. Usava madera pra fazê também ferramentas de trabalho, tinha alguma que era muito usada, que a turma gostava bastante, ou hoje ainda, que ainda usa, que cê lembra?
: Ah, eu não lembro o nome...
: Não?
: Usava só pra encapá[? – 19:34] ferramenta só. É que eu lembro é só isso.
: E pra fazer coisas pra usar dentro da casa? É...
: Tipo...
: Colher, pra fazer cesto...
: Não, não isso já era, pra cá, no meu tempo, não lembro não.
: Tá! Usava o, pra assim, pra fazer comida, essas coisa, era mais o pilão, né? O monjolo...
: É, o pilão, pilão e monjolo.
: E, é, pra fazê esses dois, cê falou que era [usado] o Jacarandá, o Jacarandá também, era o, o mais...
: É, tem o Jacarandá, o Cedro, é, eu acho que o... Usa tudo. Olha aquele do pilão, do monjolo é Cedro.
: Cedro?
: É. A, aquele negócio comprido do monjolo é Jacarandá.