: É!
: E tinha algumas pessoas que ajudavam?
: O tijolo, o tijolo teve, tinha pessoa que ajudô, depois, a madera, outra pessoa que ajudô também.
: E essas pessoas que ajudavam era mais assim da família, vizinho?
: Não, não, contratado.
: Era contratado, mesmo?
: Contratado.
: Tá! E chegava a fazer mutirão pra construir casa, assim, de ajuda?
: Não, quando era gente que não tinha condição, era mutirão.
: Hum.
: Quando era casa de taipa, né, que aqui o pessoal chama de barrote, mais é taipa, no Nordeste, é taipa. Aí no dia que era pra batê o barro na parede, aí era mutirão.
: Ah.
: Aí todo mundo ia ajudá. Aí era uma festa. Passava o barro no pé.
: Nossa...
: Era bunito, eu vi poucas casa, já tava no final, né, mais, era legal. Nossa! O pessoal fazia uma festa!
: E o cê chegô a fazê?
: Não. Não, porque a última casa, quando feiz, eu tinha eu acho que uns 7 ano.
: Ah...
: Que eu nunca mais lembro.
: Era novinho?
: É. Quando eu vim, né?
: E aí a turma contava que era uma festa?
: Não, não, isso eu vi a festa.
: Ah, você via? É que cê lembra...
: I quanto mai pobre era a pessoa, maior era a festa. O pessoal ia com mai gosto pra ajudá. Pelo menos pra fazê casa, né?
: [Risos]
: É incrível! Isso eu tinha um prazer de ir, todo mundo tinha prazer de ir.
: Legal!
: É! Podia tê a maior festa na cidade, ou na vizinhança. O pessoal vinha na, fazê, vinha trabaiá na casa memo.