: Olha só!
: É!
: E tinha alguém que, cê lembra se tinha alguém que organizava, ou era o dono, que na verdade que...
: É, o dono ou senão algum amigo dele que, né. Aí já lavava, colocava bambu na parede, trançado, amarra com... Tinha o cipó certo também, cipó certo que, não sei até o nome do cipó. Deve sê, Cambira, parece.
: Cambira?
: É. Eu não sei se é o Cambira que usa pra isso, deve sê isso mesmo. E aí batia o barro. Nossa, muito tempo, dura muito tempo, se a pessoa cuidasse, esse trem durava cem ano na casa.
: É?
: É.
: Nossa!
: Tem fazenda, eu vi na televisão esses dia, fazenda de casa de mai de cem ano.
: Com parede de, de barro?
: De barro, é. Ninguém sabe que o é, não dá pra sabê, que nem o cara, o fazendero rebocô por cima, com areia e cimento.
: Hum...
: É, é.
: E tinham muitas casas aqui, nesse tipo, de, de taipa? De barrote?
: Ah, mais da metade era barrote, mais da metade. E agora as fazenda era de, era de, era taipa, o pessoal fala que, colocava a tabua do lado, mais ou menos uns 40 centímetro do outro e colocava terra e socava.
: Hum.
: A fazenda do, do antigo prefeito é assim [localizada no Moinho de baixo].
: Ah, é?
: É! Não é tijolo, lá é terra.
: Ah, tá... Nossa!
: É. Viu a largura da parede lá?
: É!
: É, então.
: Bem largona.
: É terra!
: Nossa, é bonito, né?