: Hum, já tinha essa, já era meio acertado entre todos essa união de...
: É, é.
: Solidariedade?
: Isso. Sim.
: Ah, que legal, nossa, muito interessante. E cê, cê lembra se tinha, usavam madera assim, pra fazer instrumentos? Viola, essas coisas assim?
: Eu acho que pra cá ninguém fazia viola, não.
: Não, né?
: Que eu lembre, não.
: É, nunca ninguém...
: É, nunca ninguém comentou, nada?
: Comentou...
: É. Acho que era mais... Hoje tem, as pessoa que faiz aqui perto, mais antigamente eu acho que aqui não fazia não.
: E na parte de religião, assim, é, por exemplo, as capelas, as cruzes que colocavam na capela, era de madera também?
: Madera, tudo madera.
: E tinha algum, uma madera específica, porque, a turma gostava de usar?
: É, tinha que sê Cedro. Pois disse que era madera abençoada [risadas]
: Sério?! Olha!
: É! Todas as cruz, é, que tinha, bêra da estrada, até hoje tem algumas, tudo Cedro.
: Tudo Cedro?
: Tudo Cedro!
: E porque será, que, que o Cedro que é o abençoado?
: Não dá pra sabê! Eu acho que nem, ninguém sabe, mais...
: Mais ficô?...
: Ficô na tradição.
: E quem que contava pra você que é o Cedro que...
: Ah, isso eu lembro fazeno, tinha que sê Cedro, nossa. Primero o pessoal ia atrás do Cedro, agora, de pouco, agora, em [19]82 teve o, a Missão Redentorista lá, perto da casa da minha mãe, nossa, deu o que fazê pra achá um Cedro pra fazê a cruz. Num aceitaro fazê sem Cedro, sem sê o Cedro.
: Tá.