: Cambará-do-campo?
: É. Eu conheço por Cambará, o pessoal conhece por Assa-peixe, uma coisa assim.
: I quando você vê, você lembra, assim, quando vê algum...Tem alguma árvore que cê vê, que traiz alguma lembrança bonita assim, que cê gosta?
: Aquele que dá bastante sombra [Risos].
: [Risadas].
: Mais tem, tem uma árvore, até agora dano na mãe lá, que, quando chovia eu entrava de baxo, que nossa, quando vô lá, eu fico venerando ele também [Risada].
: [Risos]
: Parecia uma casa, de tão gostoso que é. Eu nem sei se tá em pé, intero ainda ou num tá, porque sujô muito, dexô, agora ficô mato em volta, não dá pra chegá.
: Tá!
: Mais antigamente a gente escondia de chuva lá, ah, mais era gostoso!
: E cê, se lembra que árvore que era?
: Fruta-de-cavalo, parece.
: Fruta-de-cavalo?
: É.
: E ela dá flor?
: Não!
: Não?
: Não dá não.
: Mas ela é grandona, altona, assim?
: É, é grande, bem grossa. Nossa, dava bem uns cinco home pra abraçá.
: Uns cinco?
: Ah, vai.
: Nossa, grande, hein?!
: É grande.
: E ela te salvô várias vezes? De chuva, sol?
: É.
: E ceis brincavam de baixo da árvore, fazia balanço?