: Lá não, balanço a gente fazia num pé de amora, perto da casa da mãe lá.
: Num pé de amora?
: É, daí tinha balança.
: E ceis mesmo que fazia ou...
: É nóis memo que fazia
: Como que ceis faziam?
: Não, nóis usava corda, alguns usava cipó. E era bonito. Eu lembro uma veiz tava balançando e quebrô a corda e caiu com o meu irmão, caiu no chão [Risos]
: [Risadas].
: [Risos]
: Aí o cê falou da amora, né? Tem um outro pé de fruta que você lembra que, quando pequeno, ou não também, que gostava de subi, pegá fruta, ou que cê achava bonito? Que era gostoso.
: Ah, eu, que eu gostava era jabuticaba, mais gostava de subi eu não gostava, porque era corpo muito, duro pra mim descê era um sacrifício. Intão eu não era de subi em árvore, não.
: Ah, é?
: Não era de subi em árvore, e num sô até hoje, nunca fui.
: [Risos]
: Mais aí como que o senhor fazia pra pegá as...
: Ah, eu subia, mais...
: Num...
: Um sacrifício pra descê, que nossa. Intão eu penso, penso até hoje 10 veiz antes de subi numa árvore. Pra subi até que vai, mais na hora de descê! Meu Deus!
: É?! E esse pé de jabuticaba que o cê falou é muito altão? Era grandão?
: Ah, muito!
: É?
: Mai não era...
: Velho? Era velho.
: Era. Mais não era nosso, não. Era num vizinho, que a gente tinha lá.
: Comê uma fruta.
: É
: E aí juntava as primaiada, os amigos?