: Olha!
: Porque meu pai tirava lá, não sei se comprava, [...] dava pra ele a madera lá, ele fazia pilão do Jacarandá, né Hosana.
: [Risadas]. Criado.
: Dessa grossura.
: Nossa!
: Pra socá milho, socá... Esse aí é fino, porque esse é só [...].
: Aí tirava o grosso e dexava o mais fino pra crescê, né?
: Aí, ah, pro mijolo intão tinha que fazê daqueles mai grosso.
: Hum.
: Pra fazê o varão da roda d’água, que a turma falava, o varão, né, a madera com 6, 7 metro, acho que até 8 metro dava, né.
: Aí aproveitava o Cedro.
: Pra fazê, pra fazê a roda d’água.
: Cedro.
: Aquele lá do meio
: Aí o pé daquela madera pegava só Cedro. Ficava só Cedro. Daí furava, aí encaixava aquela madera, daí o Jacarandá mesmo, serrado, feito uma viga, aí fura aquele pau grosso, fura, cruza as madera, assim. Aí cruzando a madera assim e fica, aí vai, aí tem a tábua também que forra.
: Pra fazê o mijolo.
: Pra fazê o soalho daquela madera pra, pra água. Daí se faiz, o pai falava isso, escova. Aí fazia uns caxote assim, daquela madera fazia uns caxote assim pra bica d’água. A água caia assim pra girá.
: Com é que seu pai falava escova que chamava?
: É bica, né?
: É bica, mais tinha aquela, aquele negócio da roda d’água lá, que fazia o...
: Ah, a roda, mai aquilo lá era a roda d’água memo.
: Escova, escova, como é que era... Uma coisa assim, mai não sei, não alembro bem, não era escova.
: Tá.
: [Risos]. É que fazia a roda d’água, fazia um coxinho assim, né, daí caía a água assim, fazia virá, né?
: Ah.