: É.
: Carpí, assim, pra carpí é com a enxada.
: É, com a enxada, né?
: Com a enxada?
: Cavocá o enxadão!
: É porque daí cê vai carpí um lugar, e pra carpí é ruim, pra roçá cê cortá o mato assim dessa altura, assim, né? Vamo supô, mais embaixo, mais aqui depois assim, e pra carpí tem que tirá da terra, pra ficá limpo. Aí num rende que nem...
: Hum.
: Que nem roçá.
: Entendi. Aí é mais trabalhoso, né?
: É, a mema coisa de cortá lenha hoje com a serra e um com o machado. Porque com a serra é, nossa, se o cara cortá um metro de lenha com machado, cá serra ele cortô, acho que uns 10 mais.
: Hum.
: Porque com a serra é só serrá a serra e cê vai cortando.
: Sim.
: E com o machado se tem que se esforçá. A diferença é grande de, de, muda muito conforme a coisa.
: Ai, que interessante, nunca, que às vezes ela falando a gente não para as vezes pra pensá, mais é verdade.
: É.
: E voceis lembram, antigamente tinha algum tipo de árvore que via mais e que hoje não vê, que tá mais difícil de vê? Ou que, hoje vê mais, e que antes não tinha?
: Eu acho que...
: É que hoje, hoje a gente vê mais as árvore que tinha antigamente, né?
: É?
: Porque antigamente a gente cortava tudo.
: Ainda continua, ainda.
: Ah.
: Hoje cê vê aroeira, cê tá lá, tá 20, 30 ano lá, mais. Não, e antigamente com 10 ano que a mata tava nesse tipinho assim já cortava pra fazê carvão.
: Ah! Ela fina ainda, né?
: É, era fina e cortava.
: Só tinha meio capoeirão. [Risos]. É