: E essa, e essa serrona aí em cima tinha muita madera boa, na época, hoje deve até tê, porque a gente não foi mais pra serrona.
: Hum.
: Intrá po meio desse mato aí. Tem a Canela-parda, a canela, canela-branca, madera boa de, de móvel, né? Que pode fazê móvel com ela. Tem mais madera, tem o, no matão o que eu não notado muito é Jacarandá.
: Tá mais difícil?
: Jacarandá cê não vê quase no mato.
: Ah é?
: No matão, assim. Porque passa despercebido no meio dos outro também né, a gente não, não nota. Que aqui é fácil, cê óia assim, cê vê um pau, cê fala, aquele lá é tar pau, mai hoje se cê saí no mato cê vê mais coisa do que antigamente. Porque antigamente não tinha, antigamente aqui assim, essa faxa aqui assim, até na escolinha, até lá na igreja do, até na trepadera aí em baxo, lá no alambique lá, ocê num vê mato. Ocê via aquele capão do mato pra cá, decendo do lado direito, assim, lá, ali tinha, aquele capão do mato desde criançada eu vejo ali.
: Hum.
: Mais o resto era tudo invernado, pasto.
: Hum.
: Intão era difícil cê vê uma madera no, no, no meio do pasto.
: O Jacarandá é pau mai forte, né?
: O Jacarandá fica.
: Cedro, tinha Cedro.
: Quando a turma ia limpá o mato e derrubá o mato, eles dexava o Jacarandá.
: Ah!
: Pra engrossá, pra fazê madera pra, é, pra tirá tabua, dava pra tirá tabua, dava pra fazê.
: Fazê pilão.
: Fazê pilão, essas coisa mai, que a madera boa a turma deixava.
: Tá.
: Que nem na fazenda, [...], eu acho que até hoje tem Jacarandá lá ainda.