: Pra guardá as pinga, ficá mais velha, né. Mais é, a madera, tem mai madera boa, mai agora não alembro.
: Uhum.
: De fazê, de tirá tabua. O que dava tabua, né? É a mesma coisa, eucalipto dá tabua também, só que dá uma tábua mais fraca, né?
: Hum.
: Aquele tempo uma tábua, cê podia andá por cima de uma tábua assim, podia tá véio, não tando podre, se não tivesse molhado pra apodrecê, podia, se tivé 10, 20 ano, podia colocá aquela tábua e, tando bem seco ele aguentava.
: Era forte então.
: Agora o eucalipto, o eucalipo se dexá muito tempo guardado, ele já fica fraca.
: Entendi.
: É intão... A madera boa pode molhá.
: Hum.
: É mole, madera mole.
: E a senhora, dona Hosana, qual árvore que a senhora lembra que a senhora via bastante antes, que era mais comum, que hoje é mais difícil a senhora vê?
: Ah, eu, sempre o que eu via, tô vendo até agora, né, que é Aroeira mesmo, essas, essas outro do mato, né?
: Uhum.
: A gente sempre tá entrando em contato com ela. O que mais raro um pouco é o Jacarandá.
: É o Jacarandá mesmo?
: É, é.
: Aí a senhora falô que ele tem um cerne bom?
: É, tem.
: O que que é o cerne?
: Cerne é um negócio meio roxo que tem no meio, aquele lá que é o forte.
: Ah, tipo um miolo?
: Pode gastá assim, mais fica, o cerne é forte, é.
: Hum.
: Parece um osso.
: A turma fala assim dá um cerne, né?
: Parece um osso.