: Tirava.
: Como que é a trançadera?
: É uma serra grande, né?
: Grandona.
: Trançadera é, hoje tem o serrote, né, serrote também tá acabando, porque já num, hoje tudo...
: Trançadera é doi, né? Tinha que serrá?
: A trançadera era um, uma folha de, de, falava aço, né? Fazia um, os corte, assim, fica um dente memo, né? Desse tamanho assim, mais o meno. Aí ali amola com uma coisa pra afiná um pouco. Como daqui nocê, assim, mai o menos, assim, um pegava lá, outro pegava aqui.
: Nossa.
: Puxando, assim, aí a trançadera. Aí tinha a serra, né, que uns cortava a madera, dava um alabrado com machado, falava alabrado, né. Tivara um lado, assim, pra esquadrejá ela, ficá esquadrejado, que o pau liso, então tirava um pedaço daqui, outro pedaço de lá, e aqui assim, e esquadrejava assim. Aí fazia um estalero, assim, um ficava debaixo e outro de cima lá, os de cima assim, os debaixo puxando.
: Óia!
: Nossa!
: É.
: Aí tinha um veinho que queria ensiná eu e [...], falei:
- Num quero aprendê não!
: [Risos].
: [Risadas].
: Num interessô! [Risos].
: [Risadas]. Ceis num chegaram a mexê com isso?
: [Risos].
: Não, esse não.
: É mais antigo, né?
: [Risadas]. É.
: Ele falava bem engraçado assim:
- Vem, vem que eu ensino, vem, vem!
: [Risos].
: Que cê ficava debaixo, aquele pó vinha no, no...
: No olho.
: No olho da gente.
: Ah!
: Ficava lá em cima, trepado naquele pau dessa largura só, assim, o dia inteiro. Falei: