: É, pra ficá uma liga.
: E o resto ia bardeando, ia batendo naqueles, nos vão, assim, tampano tudo, depois...
: Ma primeiro, ma primero tinha que punhá, né, as madera...
: É, primero tinha que punhá madera.
: Punhá a taquara, marrá com cipó ainda, pra despois batê o barro.
: Tá.
: É.
: E aí quando trocava o dia significava que hoje eu ajudo você e amanhã você me ajuda?
: É.
: É.
: Hoje o, a turma tá me ajudando, na outra semana eu vô um dia pra ele também, pra outro.
: Pra pagá o dia.
: Pra pagá, porque aqui antigamente fazia muito mutirão, né, era pra roçá pasto, tudo sábado, nessas época agora é bonito, porque é tudo sábado, num fazia no meio da semana, fazia em sábado. Aí a turma matava leitoa, fazia aquelas comidera pra turma comê.
: Hum.
: [Risos].
: Aí quando não tinha leitoa, era frango, pato, galinhada, as veiz tinha carne de vaca memo, fazia aqueles cozidão pra turma comê.
: Hum.
: E o garrafão de...
: De pinga.
: De pinga era correndo sorto.
: [Risadas].
: Um pegava e saía com garrafão, ia até no fim lá, tinha umas 30, 40 pessoa, tinha, dava isso, 30, 40.
: Nossa.
: 10. Mai pouco era 10 pra cima. Aí pegava o garrafão de pinga e ia correndo, quando era dia de umas 9 hora pra tarde ia correndo uns gole lá pra turma.
: [Risos].
: Aí vinha de lá pra cá, guardava ali um pouco ali, que daqui mai uma meia hora, daqui a pouco saía de novo, aí chegava 9 hora, 10 hora, assim, aí falava:
- Vamo armoçá!