- Não, não quero não, brigado.
: Nossa.
: [Risadas].
: Nossa, duro, né?
: É, era feia a coisa.
: Mai dava pra, dava pra aprendê [Risos].
: [Risadas].
: Cê pega o serrote pra cortá um pedaço de madera, um sufoco que dá na gente pô! Agora ficá, aquele lá é duas pessoa mai, ah, tá louco! Dia intero, tirano ripa, tábua.
: Ninguém usa mais, né, agora tem máquina, essas coisa.
: É, aqueles, aquelas viga, tirava uma viga pra casa, caibo, caibo é, dava pra tirá, num tirava, mai dava pra tirá também. Só que a madera num tinha distância, né? Então caibo cortava esses pau do mato mesmo, caporoca, os pau direito assim, cumprido, mais o menos dessa grossura, assim, ele cortava pra fazê o caibro da casa, antigamente.
: O caibro já era com uma madera mais, uma árvore mais fininha?
: É, mais fina um pouco. Aí as viga pra ponhá em cima da parede, do tijolo, era umas viga mais ou menos dessa largura, assim, quadrejado quase, punha em cima da parede, aí tinha, tinha casa que tinha batente, de pau a pique.
: Hum.
: Ponhava embaixo do, esses madera boa, Jacarandá, essas madera que guentava mais, punhava embaixo, fazia um corte no meio da madera, assim, e ponhava os barrote assim naquele corte, assim, pra mó de guentá bastante.
: Óia. O alicerce.
: Hum.
: [Risadas].
: Metia barro na parede e trançava. Apanhava os barrote, assim, e trançava, com taquara, com madera de mato memo mais fininha, assim, amarrava ali, e fazia aqueles trançado assim, e metia barro.
: Hum.
: Pra fazê as casa. E eu não cheguei muito, mais via, quando era novo eu via a turma fazendo casa assim.
: É, ceis viam, a senhora via também?
: Ah, via nessa época nóis fazia. A minha primeira casa, que meu pai teve, que eu alembro, era de barrote.
: Ah é, era de barrote?
: Madera fazia...