: Nossa!
: Essas coisa, né. E foi indo, foi indo, foi indo, aí chegô um dia, é, o Joãozinho é, comê que foi memo, o Joãozinho é, tava, é, tava, foi pegá fruta pra Maria, aí o bicho, é, pegô um homem, um homem pegô a menina e roubô, né.
: Hum.
: Robô. Aí é, aí pegô e ficô sozinho no mundo, ficô sozinho, aí andando, aí foi indo, foi indo, diz que chegô na casa duma muié, a, a muié era sozinho, né, tava saindo, aí fumaça lá da casa, que ela tinha fogão, né, de fumaça, fogão de lenha, né.
: Aham.
: Aí, a história do Joãozinho, né, aí, e ele ficô homem, né, cresceu no mato e ficô homem, daí numa outra casa lá tinha treis moça, era fazendero, e tinha um, tinha um, um bicho de sete cabeça que comia os animais.
: Nossa!
: É, comia os animais. Aí o fazendeiro quiria, né, que, que, comê, queria que ele matasse o bicho, né. [Risadas].
: [Risos].
: Essa história tá muito estranha!
: [Rindo]. Eu falei que eu sei, mai eu também não sei, né?
: Aham. Mas aí a senhora tinha medo.
: Daí ele contava, eu, esse até que não tinha medo, né, é, eu achava bonito, esse aí é conto que meu pai contava, né?
: Aham.
: Pra quem sabe contá é bonito, mai pra quem não sabe...
: É.
: [Risadas].
: Aí, dai então, é, o que conteceu, o homem falô assim, tinha treis moço, daí era pra quem matasse aquele, aquele bicho que tava comendo os animais, é, diz que podia casá com uma das filha, né?
: Aham.
: Daí o empregado já interessô, né, já interessô, daí [Risos]. Aí pegô e, será que essa, essa é outra história da caipora? Não é, não é do Joãozinho memo!
: Ah, eu não sei de nada.
: Pai falava que era do Joãozinho! [Risadas].
: Pode falá, é a sua história, pode contá do jeito que a senhora quisé! [Risos].
: É! Daí então é, aí o empregado que trabalhava na fazenda se interessô, né, só que já tinha matado o...