: Nossa!
: E a, e o Joãozinho ele mandô vesti e feiz casá com a moça.
: Hum.
: É!
: E aí eles casaram...
: É, é, e eles, nossa, antes ele, ele já conheceu ela antes, sempre ia lá, e diz, e dizia que, que num era pra ele ir lá que lá tinha um bicho muito, feroz lá, que disseram que essa besta matava tudo quem chegava lá, né.
: Tá!
: E aí essas moça já tava roubada do, do, a moça já tava roubada pelo bicho.
: Hum.
: E o, também, e o fazendero queria matá ele, né, por causa disso daí. E ele ia lá, diz que ele deitava no colo da moça, atirava pinho, outras coisa lá.
: [Risadas].
: É! Aí ele, acho, devia de sê muito bonito esse rapaiz, né?
: Ah?
: Esse moço, daí [Risos].
Só sei que dizia que o empregado dele, amarrou um burro no outro e soltou no pasto, e arrancou a perna do rapaiz, morreu, né?
: Nossa!
: E o Joãozinho que tava perdido no mato, mostrou a verdade...
: Mostrou a verdade!
: E casou com a moça. Matou o bicho, né? [Risadas].
: E foi compensado, né?
: É.
: Pelo que prometeram pra ele.
: É, isso!
: Ah, legal!
: É.
: E o senhor tem alguma história, seu Antenor, que, que os pais contavam, pra fazê medo, de bicho de assombração?
: [Risos].
: De assombração tem muito aí. Tinha história de bode, tinha história de porco, caia um pedaço de toicinho, diz que virava um porco.
: Nossa!
: Tinha um, um, tem um monte de história.