: [Risadas].
: [Risos]. Era mais a diversão de subi e pegá.
: Era só de subi, porque a criançada era tentada. Agora a criançada não é tentada mai não. As criançada num briga, é difícil as criançada brigá. Primero, tudo lugar que ia, daqui a pouco tava brigando as criancada, agora não.
: [Risadas]. Agora tão mais quetinhos?
: Tão mais comportado.
: É, tão mai comportado.
: [Risos].
: Agora tem a televisão pra assisti, o computador.
: É, né?
: Antes não tinha essas coisa?
: E quando a senhora era criança.
: Hum.
: Menina, a sua mãe, ou os mais velhos, assim, contavam história de medo, de assombração pra senhora?
: Ah, contava as veiz. [Risadas].
: Qual que a senhora lembra?
: Ah, contava história, história de Joãozinho e Mariazinha, isso aí contava também.
: [Rindo]. Como que é o Joãozinho e Mariazinha?
: [Risos].
: Conta pra gente.
: [Gargalhada]. O Joãozinho com a Mariazinha era um casal de criança, é, era um casal de criançada, aí, é, o pai tinha muito filho, aí pegô e soltô no mato né? Aí pegô uma, uma cabaça, né, e dexô lá no mato e falô que era, não sei se é mel, o que qui é, i voltô pra casa pra pegá o facão pra... Aí dexô no mato perdido.
: Hum.
: Aí ficô perdido, aí é, e mai essa história, essa história é longa!
: [Risadas].
: [Risos].
: Faz um, um...
: É, daí pai vortô pro mato, diz que ia buscá o facão, e, e não voltô, né, deixô o menino perdido no mato. Daí o menino, aí deixô um facão pra ele, né, deixô um facão pro menino, e outro pra, pra, e a menina ficô junto com menino. Só que depois ele vivia de fruta, é, de palmito.