: Aí cortava aquele, aquele cipó lá em cima, ai eles misturava no meio do barro, mais era bonito.
Não machucava, porque caía, tinha um bilizero assim, o lugá que passava a água espaiava, assim, um barro só.
: Que que era que tinha, um, um...
: Um bilizero.
: Bilizero, é loro, a turma chama de loro.
: Aqui a turma fala loro, né.
: Ah...
: Hoje tem pouco, hoje não tem muito aqui não. Lá na, naquele lugar que nói fomo, lá em casa, embaixo, aquele dia.
: Hum.
: Lá é um brejão, a turma fala brejo, né.
: Hum.
: O loro. Dessa altura, dessa porta assim, mais o menos, quando eu era criançada eu amassava tudo, tinha uma irmã mais pequena de que eu, mais nova.
: Mai lá na [...], né?
: Lá no fundão lá.
: Onde que tinha.
: Onde que tinha o mijolo, lá que eu falei tinha o mijolo, só ficou nome, porque agora não tem mai nada?
: Hum.
: Lá no meio do porco do sobrinho, né?
: É. Lá é um brejão lá, aquele lado de lá. Era muito grande aquele brejão lá.
: É.
: Pegava lá embaixo e subia aquele brejão, vinha até ali.
: Nossa!
: No, perto onde nóis tava ali. Então ali era uma, a mãe fazia farinha no mijolo, nói ia amassando aquele brejo lá. A mãe:
- Sai daí que tem cobra!
: [Risos].
: Mais a gente não saía que era teimoso a criançada.
: Ah!
: Graças a Deus num, num achemo cobra nenhuma também. Eu, eu difícil achá cobra.
: É?
: Eu acho que podia trabalhá descalço, no meio do mato, que num, num, cobra não para na frente meu.