: É?
: É. Tinha aquele ingázinho que, a gente trabalhava, lá onde a gente trabalhava tinha daquele ingá. Não é daquele ingá, não é desse que a gente tem por aqui, parece, é num é coisa, ele dá um, tipo de uma bainha de feijão e bem comprida, assim. Aí era bonito, ficava tudo penduradinho, amarelinho, assim, ah isso aí era uma delícia!
: É?
: Docinho, é!
: Olha! E o pé era alto?
: Era, era bem altinho.
: Tinha que subi?
: Tinha baixo, mais meio arcado, assim, aí dava pa gente pegá, né?
: Ah!
: É, ele num dava muito alto.
: Mai num era daquele ingázinho?
: É ingázinho mai num é desse que tem por aí, é, que nem eu tô falando pra ela, era jeito duma bainha de feijão e cumprido assim. E tudo carocinho memo, né, só que ficava bem amarelinho, aí a gente adorava isso!
: É?
: [Risos].
: Era a festa?
: É, nossa, a gente adorava! E outra era pitanga também, quando a gente era criança, nossa, adorava. [Risadas].
: Subia no pé de pitanga?
: É, subia, apanhava, a gente ponhava na garrafa, ficava bonito, ponhava um pouco de água, assim, e enchia, assim, ficava bonito, tudo assim aquela.
: É?
: É, aquelas pitanga dentro.
: Dentro da garrafa de água?
: Dentro da garrafa de água.
: Mais porque que colocava?
: Ponhava assim pra, lavava, né, a pitanga, daí ficava molhadinha, daí escorria a água e punha a pitanga, né.
: Ah.
: A gente quando era criançada, a gente inventava coisa, né. [Risos].