Séfora: Não.

João: É um....ele é tipo um capim alto, geralmente o pessoal usa pra cobrí casa. Os índio né que..

Séfora: Ahã.

João: E tinha um lugar que tinha muito sapé, e meu pai vendia, tinha um lugar que comprava isso aí, então ele fez uma área, então ele deixou essa área só pra plantá sapé, até isso aí ele vendia, isso daí pra um pessoal que vendia quiosque, quiosquinho, aquela cobertura? Então tinha essa área. Aí essa área era meio perigosa: - ah cê toma cuidado que cê chega muito tarde... assombração...cobra... Porque o sapé, ele atrai cobra, minha mãe falava bem caipirão mesmo e bem na época da quaresma o meu pai resolveu dar um susto n’mim. Aí ele se escondeu no sapezal, com isqueiro, sabe esses isqueiros antigo, aí eu tô passando. Aí eu ouvi um negócio: -Uhh! Aí eu olhei pra trás, no meio do sapezal mexendo assim, de repente um isqueiro, aí eu saí correndo, devi tê 9, 10 ano, e correndo, descendo. Quando eu chego na gruta, que o meu pai plantava banana, tinha um bananal, era tudo separado, tinha área de bananal, que era essa gruta, é...tinha área perto da casa, depois tinha um tanque de peixe, e a área da horta, aí eu cheguei perto do bananal, porque se você fosse pelo meio, aqui tinha um lago, então não dava, então cê tinha que fazê isso, que cê passava na ponta do bananal, era tipo cê desceu, tinha um lago aqui, você tinha que fazê essa volta e aqui tava o bananal, um monte de luzes assim, tipo, imagina assim amarrado assim, e aí? Aí olhava pra trás, eu parei, não via mais o isqueiro, aí eu olhei pro lago, o meu pai criava rã, e ele...e por incrível que pareça, eu olho uma lanterna lá, falei o pai tá lá, o negócio correu atrás de mim, lá, e esse monte de coisa nas banana, aí na hora: - é assombração. Aí gritei: - Pai, pai, corre aqui!

– Pera aí menino, tô indo!

Ele tava lá mesmo, onde tava as rã.

- Quê que foi? Vem embora pra casa!

– Não tem um monte de negócio na bananeira lá, um monte de luz, um bicho correu atrás de mim! Meu Deus do Céu! Aí foi aquele desespero.

Ele: - menino não tô vendo luz nenhuma não, é a luz da lanterna aqui cê tava oiando pra cá!

Era uma distância daqui, com aquela árvore.

– Não pai, tem alguma coisa ali nas bananeira e não sei o que lá.

Aí ele pegou: - peraí vou chamá sua mãe.

Aí vem minha mãe: - Tá vendo alguma coisa ali?