: Tinha que colocá uma do lado da outra.
: É um detalhe que vai deixando pra depois né? Encalhou, já comentei várias vezes, tô comentando de novo, talvez passe desapercebido de novo e...vai ficando. Mas ele parece um Ipê Branco. E eu ainda não plantei o pé de Ipê lá porque, [...] não sei por que eu não tenho o pé de Ipê ainda, eu acho bonito pra caramba, é uma das árvores que eu mais admiro, mas só que eu não tenho uma no quintal.
: Por que que você gosta tanto do Ipê?
: A flor. Eu não sei, alguma coisa...é uma árvore esquisita né, porque ela dá uma flor, mas eu sei lá desde...e eu acho que por causa de uma música, que tinha, que meu pai ouvia muito música sertaneja, eu via essa música, acho que associei aquilo na minha memória, a árvore Ipê, chama “meu Ipê florido” acho. Cê já ouviu falá?
: De quem que é essa música?
: Olha eu não sei o nome já foi regravada por um monte de gente...é, a letra é mais ou menos assim:
"Meu Ipê florido,
Junto à minha cela
Hoje tem altura
De minha janela
Só uma diferença
Há entre nós agora
Aqui dentro à noite
Não tem mais aurora
Quanta claridade
Tem você lá fora..."
O cara pelo que ele conta, a história é mais ou menos assim: quando ele foi preso, plantaram o pé de Ipê, daí o pé de Ipê foi crescendo né e os dois preso né que ele preso pro lado de dentro, ele preso no presídio, na cela, e o Ipê preso lá fora né. Ele lá dentro não tinha claridade nenhuma, o Ipê lá fora toda a claridade. Eu não sei, ficou, porque meu pai ouvia essa musica, acho que tocava, teve aquela época e ficou né, Ipê, Ipê, aí eu conheci Ipê ainda pequeno eu via, achava as flor bonita, que nessa região sempre teve quando floresce cê vê é um amarelo né que predomina, então sei lá foi isso aí.
Paineira, tem...tanta árvore bonita né, que tem aqui no IPÊ, mas o que ficou Ipê, porque eu não sei [risos].
: É especial né?