- Ah, que caixão de defunto o que, bosta o que é, aquele lá eu que, a folha de bananeira que tava lá.
- Ah, que folha de bananeira o que!
Aí o outro irmão falou:
- Tava lá sim, no caminho a folha de bananeira que eu vi perto do caminho lá.
Aí ele vortô lá, viu a folha de bananeira jogado lá. Intão ele ficô com medo de uma coisa que não era nada! Se ele vai devagazinho, chega perto e olhar pra vê, que nem o outro tinha medo, mai deu pra chegá perto pra vê o que que era.
: É!
: Aí ele viu que era a foia e jogô pra baixo.
: Mai, mai a turma fala...
: Agora o medroso, o medroso que inventa tudo essas coisa!
: Mais acho que a, a turma diz que, fala que a pessoa, quando sente medo, assim, coisa, diz que os espírito diz que sabe a pessoa que tem medo também.
: É que...
: Eu acho não sei não! [Risos].
: Os espirito já sabe que o cara tá com medo, aí faiz mais medo!
: [Risadas].
: A mesma coisa, antigamente acontecia, acontecia muito, a turma furava uma cabaça, cabaça aquele... Cê conhece aquelas cabaça que a turma põe água?
: Hum.
: No Norte põe água, né, pra ficá frio. Aqui não, aqui é, a turma não...
: É, fura, põe vela dentro, é...
: Pegava, furava, tirava tudo aquelas semente que tem, e fazia furo no, de lado, na frente, assim, os óio, assim, fazia feito uma boca, os óio e oreia tudo, assim. Alí ficava o furo, né, e ascendia uma vela dentro.
: [Risos].
: E ponhava no meio do caminho lá, ninguém passava!
: [Risadas].
: Que lá tava a assombração soltando fogo pros óio, pra boca, pro nariz, pra tudo quanto era lado!
: [Risos].
: [Risadas].