: [Risadas].
: Falei, vai que depois eu saio, no caminho o caixão anda atrais da gente, né?
: Mais a senhora nunca viu?
: Nunca vi, só que é real a história.
: [Risos].
: Mai também nunca andô sozinho!
: Ah?
: Eu, eu, eu...
: É!
: [Risadas].
: Eu aquele matão ali, assim, aquele matão ali, assim, que aparece que vira pra lá, eu tenho mais, saí de casa um dia, não sei que hora que era da noite, porque era assim, eu tava sem relógio, peguei e saí, fui caçá, né? E eu pego, entrei naquele mato, e fui e fui, escureceu, ficô que era um breu, a, quando a lua tava, tava bom.
: Hum.
: Depois a lua foi escondendo atrais da mata, eu fiquei, eu fiquei umas treis hora no meio do mato, sentado lá, mais tinha andado mais o menos mais de 500 metro no meio do mato, do matão.
: Nossa, sentado no escuro!
: Sentei lá no escuro e fiquei lá!
: [Risos]. E se aparecê uma onça?!.
: E fiquei mais de treis hora sentado pra começá a amanhece. Dizê que eu não tenho medo é mentira, agora eu...
: Arrepiô? [Risadas].
: Não tenho...
: [Risos].
: Porque essas coisa de, de medo, cê tê medo que a turma faiz, é ilusão da turma. A turma, qué dizê, a gente que tem medo, que nem eu perdi o medo quando tinha 9 ano, mai isso que eu falo, que eu não tinha medo, não tinha muito medo por causo disso, medo tinha, mai num tinha muito.
: Uhum.
: Aí, cê vê uma coisa, parece que é aquela coisa, mai cê já vê qui é, tem que vê si é primero.
: Uhum.
: Agora a turma, eu tinha um tio que tava trabaiando e choveu, de tarde choveu, deu uma quantidade de chuva! Cortô uma folha de bananeira e ponhô na, na, a folha de bananeira é assim mais o menos, assim, né?