: Nossa.
: Era muito.
: É grandão. Caieira era tudo grande.
: Daí dava bastante porque...
: Nossa muita coisa.
: Agora tem os forno que passa daí saco, acho que uns dez, onze saco, por forno né?
: 20, 30 saco.
: Pequeno. Então não é muito grande, dá pra tirá 3, 4 forno num dia e enchê, então não é muito grande né? Mais naquele tempo da caieira ia semana pra...
: Semana? 15 dias pra vará.
: Pra vará.
: E aí quando chovia era aquele sofrimento.
: Nossa vida, mais aí tinha que fazê alguma coisa ou punha a terra e deixava lá?
: Não...
: É que a chuva rodava, tinha que cobrí.
: Tinha que cobrí lá e bardeá com terra, com barro.
: Cobrí tudo de novo no outro dia.
: Senão queimava tudo.
: E por forno quantas pessoas trabalhavam? Era cada um num forno?
: Era cada um, um ajudava o outro quando ia...
: Quando a caieira era mais gente, não era sozinha não.
: Pequena era sozinho mesmo.
: Pequena era sozinho, mais grande de todo saco que você falou tinha mais gente.
: E os moradores eram unidos?
: Era tudo unido.
: Era tudo unido naquele tempo. Um ajudava o outro.
: Chamava, ah eu preciso da terra na caieira vamo aterrá, cobrí assim de terra, aí ia 4,5,6 pessoa [...] botava fogo e esperava [...]
: Tinha que tratá [...], tinha que tratá né?
: Isso. Tinha que cortá toquinho miúdo assim pra...
: Fazia aquele buraco na caieira que o forno tornava aí tinha que enchê.
: Como que cê falou tratá...
: Porque a caieira ele faiz aquele buraco né?
: Faiz o buraco o fogo [...]. A pessoa vai vendo ali [...]