: Mais ainda tem essas festa lá?
: Tem mas só que muita pouca gente que dá né? Agora não dá mais. E a maioria já nem vai na festa, vai mais, mais pra curti né o som, a brincadeira né? Nem vão pra festa mais.
: Que a senhora comentou que ia nas rezas nas capelas, eram do bairro mesmo?
: No bairro.
: Na casa das pessoas
: Na casa das pessoas, que hoje já nem tem mais essas capela.
: Tinha capela...
: Era uma capelinha assim pra lá tinha umas imagem lá que faziam a reza.
: Ia lá tomava café...
: É tinha café, queimava rojão, o capelão rezava.
: Ia o pessoal todo do bairro?
: É todo do bairro. Aí já era aquele, todo ano aquele celebramento. Hoje tem a capela ali, mais é, agora é mais... como se fala dominical né, que eu já não frequento mais essa capela. Então no caso tem o padre que faz a missa uma veiz por mês, se eu não tô enganada, e as, as mulher, como é que se fala? Ministro que conduz né? Tem os pastores deles ali também.
: Mas antes era um tempo de fartura também né?
: É.
: Era... A gente fechava o porco no chiqueiro trêis meses, cevava o porco ficava dessa grossura assim. Era toicinho só, aí abria tinha a gordura, aproveitava a gordura.
: Fazia a...
: Fazia a comida, fazia o arroz, fazia o feijão.
: Não usava óleo...
: Num tinha óleo, era a gordura do porco.
: Gordura do porco mesmo né?
: Gordura do porco. Nossa era uma alegria porque era uma fartura né? Com o porco tinha de tudo, a gente aproveitava tudo porque do porco que tinha.
: Aproveitava tudo de tudo né? Dos bicho, da plantação...
: Dos bicho, da plantação...tinha essa liberdade.
: Nossa mais foi muito boa as histórias de vocêis. Pra quem falou ah não sei se tem muita história...muito legal.
: Mais nóis não tem mesmo muito história pra contá, que a gente viveu a vida que a gente viveu né?