: É só isso. A gente, o ritmo aqui é esse.
: Mas tem alguma festa ainda? No bairro aqui?
: Não. Só festa de casamento. Nisso a gente vai. Mais em outras festa não.
: E com aquelas pessoas mais antigas, é que nem você falou quando...que é o que tem mais contanto, que tem muita gente nova né que mudou pra cá?
: Agora dos mais antigo, da nossa idade tá muito pouco por aqui. Agora só a parte mais nova.
: Mais difícil encontrá morador antigo.
: Mais difícil encontrá. No tempo da infância dele, eram os primo dele, eles moram tudo lá em Santa Isabel, tudo pra cidade. O primo dele que mora mais próximo, mora aí no Mascate [bairro], pós Nazaré. Então da família dele é esse, agora os meus irmão mora tudo aqui, só tem um que mora em Nazaré. Daí o mais contato que a gente tem com a família né também...
: E agora a gente tá indo meio pro rumo final da nossa conversa, aí eu queria saber se vocês gostam de morá aqui e o que vocês esperam pro futuro desse lugar aqui.
: Eu gosto, gostaria de morá aqui até o fim [risos], já tá perto, tá curto...
: O tempo tá pouco né, mas a gente espera ficá até o fim. Por aqui é abençoado, esse nosso cantinho aqui é abençoado. O cantinho a gente vive sossegado.
: Ir pra cidade nem pensá?
: A gente vai pra cidade, chega lá a gente não vê a hora de voltá pra casa [risos].
: A cidade a gente vai, mais num tem o que fazê, a gente conversa com aqui, conversa com outro ali, mais logo acaba o assunto, aí vem embora. Então se a gente morá lá, a gente fica fechado lá dentro. Aqui a gente sai um pouquinho, dá umas vortinha, agora aí tudo bem. Às vezes trabalha um pouquinho [risos].
: O tempo passa. Na cidade não tem né? Saiu dá de cara na rua, se sai pro fundo do quintal dá pro muro. Então não o que você fazê na cidade.
: Nem onde andá né?
: Nem onde andá. Quem só mora e trabalha, tudo bem só chega pra dormi. Mas a gente, ele que mora, a gente que tá aposentado, então no caso, a gente vai fazê o quê? Vai ficá só dentro da casa. Num tem onde saí, num tem n’onde andá. Então o sítio é melhor...