: Tinha local que não dava, tinha que ser no lombo do boi.
: Mas aonde o meu pai tirou, o boi chegou, trouxe, as madeira.
: Que aí era no...
: Jacarandá. Esse era o jacarandá [? – 00:37:13] cobertura do mijolo né? Então...era puxado no boi.
: E quando era puxado no boi era no carro de boi?
: Era. Não era na canga, não era no carro do boi, porque a madeira do mourão é bem comprida né. Então era amarrado na canga e o boi puxava.
: Como que é a canga?
: A canga é um travessão, ponhando ne um, é dois bujão de lado, e do outro né, aí cangava os dois e amarrava e puxava. Era divertido, sofrido, e muito divertido ao mesmo tempo. [risos]
: E o quê que era outra coisa que o senhor falou que fazia que era muito pesado?
: O pilão.
: Esse tinha que trazê no ombro mesmo dos homem... Aí era a mata, tinha que procura lá no meio daquela mata pra achá o pilão pra fazê, que o pilão não se tira de uma madeira pequena né, tinha que ser uma madeira bem grande.
: E qual que era boa pra fazê o pilão?
: Jacarandá né?
: É jacarandá mesmo. E o passoré, também fazia, o pilão e o mijolo.
: Passoré?
: É. É uma árvore que tem aí...
: E usava pra fazê o pilão e o mijolo?
: É.
: Nossa o pilão então era pesado de carregá
: Ah muito! Era muito, o bujão dele grande assim pra por o mantimento era fundo, tinha que sê bem...
: O varão memo da roda era muito pesada, dava o que fazê pro boi puxá e pra conseguí ajeitá pra depois puxá. Num era fácil não.
: O mijolo de roda e o mijolo de vara [risos].
: É...agora o de vara não cheguei a conhecê porque...eu não sei mais, tinha mais eu conheci assim o mijolo parado. Agora o da minha mãe eu via funcionado né [risos] que a gente trabalhava lá, a gente era pequena, mocinha né? A gente ia trabalhá, minha mãe fazia açúcar, fazia farinha. Sempre tava no mijolo.