: Na época do Ipê quando tá florido é muito bonito.
: Tem a peroba é bonito. Aqui não tem, só vi lá na Serra Negra. Lá tem uma árvore lá, peroba.
: Só na Serra Negra?
: É. É na beirinha da estrada.
: Ah num tirava porque é na beira da estrada.
: E tem alguma história dessas árvores assim que a turma contava, que usava pra alguma coisa ou...
: Ah usava... Peroba foi muito usada, acabou tudo...
: E era mais usada pra...era construção?
: Pra construção mesmo, construção.
: Fazia portão...
: Fazia casa, fazia portão...fazia mijolo com essas árvore.
: E aí fazia...tinha alguém que fazia ou era família?
: Tinha a pessoa certa que fazia.
: Levava?
: Levava.
: A pessoa vinha fazê né?
: Vinha.
: Era difícil levá né?
: Não ia fazê lá no mato lá e trazia pronto.
: Hum...fazia lá na mata?
: É. Ficava ali mesmo.
: Aí é...por exemplo, precisa fazê, sei lá, um mijolo, aí falava pra essa pessoa ia lá onde tinha...
: Ia lá mato cortá [...], alinhava tudo e fazia.
: E depois de pronto?
: Daí juntava os pessoal e trazia.
: Trazia tudo nas costa.
: risos
: Fazia assim uma, um travessão de jacarandá, dois na frente e dois atrás. Era muito pesado.
: E o pilão era o mais pesado. Fazia lá também.
: Aí aqueles varão da roda, puxava no boi. Meu pai puxou do boi, o varão, puxando todas as escora da casa, aquelas madeirona grossa, puxou tudo no boi. Eu era menina ainda meia pequena. Ele trazia [...] do boi, puxo tudo no boi.