: Que bonito.
: Esse é o balaio.
: É. Eu vou buscá o outro aqui que a minha mãe fazia.
Esse pequenininho minha mãe que fazia.
: Sua mãe?
: Nossa que gracinha.
: Esse é feita de Taquara do sul que chama. Não é taquara não, é taquara do sul.
: E fazia algum tratamento ou não?
: Não só tirava ele porque esse aí é de...cê corta em cima e puxava tirava aquela parte de cima pra fazê a parte de dentro [...].
: Lindo gente...
: E essa parte mais escurinha aqui assim?
: Isso aí já é ardido. Quando é muito véio, ele era bonito tudo branquinho.
: Quando fica muito velho é ardido?
: Fica...ele mofa. Tempinho que minha mãe fazia esse aqui. Ó essa menina aqui, que diferença tem a outra? As duas aí? [mostrando duas fotos].
: Nossa...
: Não são igualzinho?
: São muito parecidas.
: Muito!
: É mãe e filha?
: É. [risadas]. A de cima é a mãe e a de baixo é a filha dela.
: Muito parecida.
: É a sua filha e sua neta?
: A de cima é neta e a debaixo é bisneta.
: Neta e bisneta!?
: É isso aí. Neta e bisneta também. É mãe e filha também. [risadas]
: O senhor já é bisavô!?
: De seis! Vai pra sete bisneto. Casei muito novo, casei com 20 ano. Naquele tempo era o seguinte: a moça era dezesseis ano, e o rapaz era vinte. Cê passou, vai ficando desesperado, a moça que fica pra galinha de São Jorge. Então tem que casá [risos]. Agora não, agora não fica tempo pra casá naquele tempo não. No meu tempo era 16 e 20 ano. Í pegá o rumo da vida.
: E quem não casava ficava galinha pra de São Jorge?
: É. [risadas]