: Hoje tá todas coisa contaminada, a carne do, que a gente compra tá tudo contaminado. Pode ser do porco, ser do boi, pode...As plantação que vem que é colhido, colhido hoje...é remédio, é adubo...não é natural não...
: Que muito remédios.
: Mas tem alguém aqui que tem plantação ainda? Na região? De milho?
: É pouquinho só.
: Planta só pra comê assim, verde, feijão mesmo pra comê verde, que o feijão verde é muito bom né? O milho também, batatinha a gente planta, mandioca, mas é só poquinho, só pra gente comê assim. Não é a gente planta assim pra comê o ano inteiro, a gente não faiz isso mais. Que é mais comprado mesmo.
: É. O frango caipira era seis mêis que ficava o frango, ia naquele tempo.
: Agora até hoje.
: Vai até hoje.
: Então.
: Mais hoje é diferente, já num é que nem era.
: Não mais vai seis meses pra ficá um frango bom. Agora com dois meses o frango tá lá dando enfarto lá já tá muito gordo né?
: Risadas.
: Leite...
: O leite da vaca era puro, hoje não é mais.
: Essa braquiária não presta pra leite nem pra carne. Pasto capim gordura sim, que dá um leite gostoso, leite doce, carne era melhor do que agora. Era mais puro.
: Fazia queijo, ai como era bom o queijo.
: Fazia o queijo em casa também?
: A minha mãe fazia. Minha mãe tinha vaca de leite, fazia. E até eu fazia também aqui uns tempo, mas é quando tinha a vaca, agora não faço mais porque não tem. Mais a gente fazia quando tinha leite. Só que o da minha mãe era o capim gordura, era o puro leite, daí o que a gente já tinha era braquiária, então já era um, mais refinado.
: O capim que ele comia era diferente?
: O capim gordura dá o leite grosso, o queijo, dá um queijo mais amarelo, dá aquelas nata do leite fazia, mandava fazê manteiga, as nata que tirava. Hoje o leite, vai fervê não dá nata mais, não tem mais nata.
: Que hoje é um outro capim né?