: [Risadas].
: Uma varinha forte que era, só que era varinha firme, né?
: Ahã.
: Dava, passava aquele lá em cima no fogão à lenha, assim, fazia aquilo muchá um pouco, descia o coro na criançada!
: [Risos]. Tua mãe era braba também!
: A mãe, ela era, o que tinha que fazê, ela falava!
: [Rindo]. Mais geralmente as mães são mais bravas!
: É, é.
: O pai só fala, né?
: Mais sabe porque...
: E pai era muito bom, né?
: Mais sabe porque, aqui no sitio, na cidade não sei, na cidade, divide as tarefa a turma lá, agora antigamente eu também não sei comê que a turma era na cidade.
: Ahã.
: Nos lugar que tinha a cidade, né? Aqui a gente ficava com a mãe, e eu, tinha semana, as veiz eu não via o pai nenhum dia! Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, eu não via o pai. Eu só via no, no sábado.
: Hum.
: No sábado e domingo.
: O pai não parava muito, né, então...
: O pai saía, dexava a gente durmindo, as criançada durmindo, ia pra roça, ia pro, lá, trabalhô naquele matão lá, tirá madera, passá a roda d’água dentro, no serrão lá. Intão ele ia, saía de madrugada, chegava de noite, tava escuro.
: Hum.
: Então, aqui é, levantá com, dormi com galo, levantá galinha, cedo. Cedo era demais cedo, tinha de levantá.
: Tá, fica a vontade!
: Agora, meu pai vortava, chegava na casa umas 8, 9 hora da noite. Saía tipo umas 3, 4 hora da manhã!
: Tá!
: Intão a gente num via ele.
: É!
: Agora, ficava com a mãe, o que que ficava, guentando a mãe aqui no coro!
: [Risadas].
: Eu tenho uma irmã, tenho ainda ela tá viva ainda, mais o que essa menina apanhava! Batê em criançada, que nem eu falo, de batê não é que aprende! Porque se tivesse de aprendê essa aí, nossa vida! Era enjoada, não fazia nada pra mãe, mandava o respondão.