O jatobá é uma árvore com altura de 15 a 35 metros, própria de florestas primárias e solos secos. A casca do jatobá é um pouco áspera, cinza-clara, com pequenos sulcos. Suas folhas são compostas de dois folíolos brilhantes. Os frutos são secos, em formato de vagem e de coloração externa marrom. Internamente, estes frutos contém uma farinha comestível e nutritiva consumida tanto por animais silvestres (pacas, antas, cutias, macacos-prego) como pelo homem.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, construção civil, lenha), produtos não madeireiros (alimentação humana) 10,1,11
Ethnobotany & History
A madeira do jatobá é pesada e muito dura ao corte. Na região de Nazaré Paulista os moradores citam a espécie para lenha e também para alimentação: “Quando chovia cheirava a bolacha, ela tem um pozinho dentro que fica cheiroso, até com café a gente tomava” (depoimento de morador local).
Thermal treatment, Chemical treatment, Immersion in water, Mechanical scarification, Combined treatments 2,6
As sementes devem ser imersas em água por dois a quatro dias e maceradas sobre peneira para retirada da polpa. Após essa limpeza, devem ser secas ao sol. Esse processo ocorre antes da armazenagem. Antes da semeadura, as sementes devem ser escarificadas para superar dormência. Podem ser imersas em água fervendo, até temperatura da água baixar a temperatura ambiente ou imersas em ácido sulfúrico concentrado por 35 minutos e lavadas em água corrente por dez minutos (DURIGAN et al. 1997).
Imersão em água a temperatura de 80 a 90 ºC, mantendo na água até temperatura ambiente; ou imersão em água a temperatura ambiente por 10 dias. Outra opção é realizar a escarificação mêcanica na região oposta ao embrião (MORI et al., 2012).
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
3 LIMA, H. C. de. Hymenaea. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB22972>. Acesso em: 12 mar. 2013.
4 COSTA, W. S.; SOUZA, A. L.; SOUZA, P. B. Espécies Nativas da Mata Atlântica. N. 2. (Projeto: Prospecção do Conhecimento Científico de Espécies Florestais Nativas - Convênio de Cooperação Técnica FAPEMIG / FUNARBE. Polo de Excelência em Florestas). Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, 2011. 21 p.
5 TOMAZELLO FILHO, M.; LISI, C. S.; HANSEN, N.; CURY, G. Anatomical features of increment zones in different tree species in the State of São Paulo, Brazil. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 66, p. 46-55, dez. 2004.
6 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
7 PAIVA, A. V.; POGGIANI, F. Crescimento de mudas de espécies arbóreas nativas plantadas no sub-bosque de um fragmento florestal. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 57, p. 141-151, jun. 2000
8 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
9 CARVALHO, L. R. de; SILVA, E. A. A. da; DAVIDE, A. C. Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 28, n. 2, p. 15-25, 2006.
10 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
11 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
12 PAULA, E. J.; ALVES, J. L. H. 992 Madeiras nativas do Brasil: anatomia-dendrologia-produção-uso. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2010, 461p.