: E eu adoro, enquanto, que nem eu falo pra turma, eu só não como o que a minha mãe não ensinô.
: Que ele já cresceu com esse costume, né?
: É, né?
: Comê assim, aquelas coisa [...].
: Gosto de um arroiz sorto, gosto de um, de uma macarronada, gosto de tudo, se ponhá pedra no meio da carne, eu digo que tá gostoso!
: [Risadas].
: [Risos].
: [...]. [Risadas].
: [Risos].
: Mais é. [Risos].
: [Risadas].
: [Risos].
: A minha pimenta não pode fartá num, na hora do armoço. Eu tava com dente dolorido, pra mim que era gengiva, agora esses dia que eu descobri que eu tá comendo embaixo da raiz aqui.
: Nossa!
: Agora tenho que ir lá no dentista.
: Tá bichado.
: Como assim, bichado? Eu não sei o que que é isso.
: É porque tá torneano, né? É bicho.
: Hum.
: Escovava, não doía nada, só que a gengiva tava ardendo, falei, a gengiva tá inflamada. Aí cheguei na farmácia, eu compro, ali em Nazaré, eu compro, não sei se algum remédio aí pra doido aí é capaiz de não comprá, mais compra tudo remédio aí só na, seu eu pedi pro cara.
: Aham.
: Aí eu cheguei falei, eu quero um desinflamatório assim, eu tô com a gengiva doída, acho que tá inflamada. Não tinha descoberto, fiquei passando vinte dia c’aquela gengiva doendo, aí comprei, tomei, mai não feiz efeito por causa do, não tava inflamado também, mais não feiz efeito por causa da pimenta. E eu esqueci da pimenta.
: Cortava o remédio.
: Ah...
: É. [Risos].
: Pra cê tomá um remédio, cê não pode comê nada ardido, nada azedo, não pode, senão... Cachaça nem pensá. Intão que nem eu, eu não bebo mai cachaça, daí eu falei, ah agora tá fácil, é só tomá, mai esqueci da pimenta.