: Tá certíssima! [Riso].
: Os outro teve que saí do caminho! [Risadas].
: A gente quer segui os plano dos pai da gente né? Só se não dé certo, daí, não deu, né?! Mai inquanto tá dano pra i levano, vai.
: [Risos].
: Com certeza!
: É, é.
: E qual que é a sua profissão, Seu Antenor?
: Ó, a minha profissão mesmo é lavrador.
: Tá!
: Faiz um pouco de tudo no aqui no bairro, né.
: Não aí, a profissão meu memo, desde que eu aprendi a trabaiá é na roça , né, intão é lavrador, né?
: Trabalhava com, com os pais, com a família...
: Trabaiava com os pais.
: É, de pranta memo, né, lavoura, eucalipto.
: É, aqui nói fazia de tudo. Nóis prantava muito milho, fejão na época.
: Hum.
: É.
: Quando eu era novo...
: Depoi virô prantá eucalipto, cortá eucalipto, daí ele trabaiava com pai dele.
: Depoi acabô o negócio de pranta, num, sei lá, acho que duns 30 ano pra cá já foi diminuindo.
: 30 anos pra cá que começô a diminui?
: Que eu tava com, até uns 28, 30 ano, é, daí cuidava só da roça, do pasto, fazia carvão. Fome, graças a Deus, nunca nóis passemo, mais dinheiro não existia.
: Nói vivia do que prantava quase, né?
: É.
: Prantava o milho, e secava o milho, a gente já quebrava, debulhava e punhava pra fazê farinha. Tinha o mijolo, a mãe dele lá tinha o mijolo, né?
: Ah...
: Aí já fazia farinha.
: Ah.
: Aí prantava o feijão, já colhia e já servia pra comê também.
: Aqui nóis prantava arroz, fejão.