: O açúcar quase não comprava que, é prantava cana e moía também e fazia, né do, da guarapa.
: Tá!
: Hum, ia se empregando .
: Aqui nóis ...
: Nóis vivia assim, é.
: Nói prantava fejão, milho, arroz, batatinha.
: Tudo!
: Amendoim.
: Óh, até Amendoim?
: É, tudo o que tinha serventia na casa.
: Tá!
: É.
: O que nóis num fazia era farinha de mandioca, mai o pai fazia farinha de milho, fazia o açúcar.
: Mais tinha, tinha mandioca, comia, né? De um jeito o de outro, comia, dava pras criação, né? Criava porco, galinha...
: Hum.
: Aí, pilãozão pra socá o arroz, né? Fazê aquela canja. [Risos].
: [Risadas]. É!
: Depois começô aparecê a máquina, daí já ficô, eu que sô acostumado, eu como até hoje. Eu compro aquele arroz de cachorro.
: Como era só quebradinho, só quebradinho, cê gostava do arroiz de pilão, né?
: Só que no mercado, no mercado, tem o arroizinho branco, tem o arroiz escuro aquele lá, a gente não tem muita corage, por ele sê escuro. Mais é o arroiz...
: Mais pra fazê canja é melhor, é.
: Aquele arroiz branquinho, quebradinho, eu como um pacote daquele arroiz, daí de vez inquanto eu como com, com carne seca, como com galinha, com tudo, pato, marreco. Tudo que, que eu gostava de comê eu como até hoje.
: Ah, tá!
: Intão eu faço a minha canja, que sai aquele arroiz grudado, mai fica muito gostoso.
: Ah...
: Intão cê fai, não faiz muito seco, se fizé muito seco fica ruim, se fai meio caldento, aí fica da hora.
: Ó! [Risos].