: Olha só [risos]. E história de onça, tem, de povo que conta que viu onça aqui, ô de um bicho, assim, que andô?
: Eu já vi uma onça aqui.
: Ó!
: É, isso tem mesmo agora.
: É?
: Agora tem.
: Mais se viu aonde?
: Era filhote. Eu tava voltando da escola, tava passando ali perto do mercado, dois filhote.
: Sério?
: É, tinha mesmo.
: Tava eu, meu tio [...].
: Achou um bruta onçona?
: É, viram pantera aqui.
: Nossa!
: É, duas veiz. Duas pessoas completamente diferente, intão, falaram um negócio de uns 8 dia um do outro. Um viu aqui em cima perto da escolinha dos Caraça.
: Hum?
: I o outro já viu lá perto do meu primo.
Eles viro lá, perto.
: Viram lá perto?
: É!
: Nossa. Então, isso é coisa de agora, história de, de...
: Ah, isso tem uns 10 ano mais ou menos.
: Tá.
: Que viram, o menos ainda, menos ainda acho.
: Nossa.
: É. Isso tem ano pra cá.
: E antigamente já não tinha tanta história de onça, de vê assim?
: Não, tinha mais antigo, mais onça tinha acabado. Diz que tinha, é, duas história de onça, que aconteceu pra cá. Diz que foi duas pessoa caçá, no lugar que tem a Represa agora, perto de Nazaré. Ou ele foi daqui, ou veio de lá, aí um subiu na árvore, num gaio, e o outro foi mai pra frente, aí ficô esperando, quando o cara olhô pra baixo, uma onça passô rastando o companheiro já morto. E uma outra onça atrais.
: Nossa...