A pinha do brejo é uma árvore com até 30 m de altura, que por suas flores brancas, grandes, vistosas e cheirosas é indicada para o paisagismo em geral. Adaptada a terrenos brejosos, suporta inundação e encharcamento. Por isso, é também recomendada para projetos de restauração em matas ciliares. Seu tronco é reto ou pouco sinuoso, com casca externa lisa e marrom. Suas folhas são coriáceas, verde-escuras na parte superior e verde-pálidas na face inferior. Sua madeira é leve, indicada para construção civil, obras de carpintaria e principalmente empregada na indústria de embalagens e caixotaria em geral.
produtos madeireiros (artefatos, construção civil, carpintaria e marcenaria), produtos não madeireiros (recurso para fauna, medicinal, ornamental, alcalóides, óleo, saponina, substâncias tanantes) 3,4,1,2
Essa espécie é recomendada para revegetação de áreas de depleção (antropisadas) e inundados de reservatórios e rios (CARVALHO, 2003). Ocorre exclusivamente em matas de galeria inundáveis (SILVA JÚNIOR; PEREIRA, 2009).
Colheita de frutos quando iniciarem abertura espontânea, verificada pela exposição do arilo vermelho das sementes (LORENZI, 2002). Depois da coleta, os frutos deverão ser colocados em local ventilado e sombreado para completar a abertura, liberação e secagem do arilo aderente à semente, o qual deverá ser removido (OLIVEIRA et al., 2005).
Duas sementes para cada recipiente, sacos de polietileno ou tubetes grandes (CARVALHO, 2003). As mudas devem ser mantidas em áreas sombreadas e são sensíveis ao transplante (LORENZI, 2002), mas em caso de germinação na sementeira (OLIVEIRA et al., 2005), a repicagem pode ser realizada 2 a 3 semanas após a germinação (CARVALHO, 2003).
Tolera sombreamento leve a moderado na fase juvenil.
Dados madeireiros
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