O açoita-cavalo é uma árvore caducifólia (perde suas folhas em determinada época) de médio a grande porte. Encontrada comumente em formações secundárias, em capoeiras e pastagens, é recomendada para sistemas silvipastoris como árvore de sombra para abrigo do gado, e para o controle de vossorocas, replantio e enriquecimento de florestas ribeirinhas. Seu reconhecimento é facilitado por suas folhas discolores, verde-escuras na face superior e brancas na inferior. Suas lindas flores, com pétalas amarelas, róseas, lilás, raramente brancas ou até roxas, conferem características ornamentais que a recomendam para o paisagismo em geral. É também muito usada em medicina popular e sua madeira possui várias utilidades.
produtos madeireiros (cabo de vassoura, caixotaria, carrocerias, coronhas de armas, dormentes, embalagens, esculturas, instrumento musical, mourões, peças torneadas, poste, solados de sapato, tamancos, celulose e papel, caibros, esquadrias, forro e teto, ripas, rodapés, tabuados, tacos, vigas, carvão, lenha, carpintaria e marcenaria, chapas e compensados, laminação, móveis), produtos não madeireiros (apícola, fibras, medicinal, ornamental, óleo, resina, substâncias tanantes) 5,1,2
Apresenta crescimento lento e a produtividade volumétrica máxima registrada é 5,00 m³/ha/ano, aos 10 anos (CARVALHO, 2003). Planta de rápido crescimento (LORENZI, 2002).
Novembro a janeiro (SPINA et al., 2001); dezembro a abril (MORELLATO, 1991); dezembro a fevereiro (DURIGAN et al., 1997); flores o ano todo (SOUZA; ESTEVES, 2002).
Mês de março e de junho a agosto (SPINA et al., 2001); julho a novembro (MORELLATO, 1991); frutos o ano todo (SOUZA; ESTEVES, 2002); de maio a julho (CARVALHO, 2003); maio a agosto (DURIGAN et al., 1997).
Resposta muito alta à inoculação de micorriza arbuscular (ZANGARO et al., 2002). Em condições naturais de campo, ou seja, no interior da floresta, os autores não apresentam informações à respeito.
Coletar os frutos quando mudarem a coloração de verde para marrom-claro, antes ou quando iniciarem a sua abertura. Após a coleta, devem ser dispostos à sombra, sob lonas ou bandejas. Em seguida, por exposição gradativa ao sol, é completada a sua abertura. Recomenda-se agitar os frutos para que ocorra à liberação total das sementes (CARVALHO, 2003). Após a colheita dos frutos, levá-los em seguida ao sol para completar a abertura e liberação das sementes (LORENZI, 2002).
Os frutos devem ser coletados quando a coloração muda de verde para marrom-claro, antes da abertura espontânea, e secos ao sol para a liberação das sementes, que devem ser recolhidas tão logo quanto possível (DURIGAN et al., 1997).
Sem necessidade de tratamento, Tratamento térmico 7,2,5
Não há necessidade de tratamento pré-germinativo, mas para acelerar a germinação deve-se imergir as sementes em água fria por 2 horas (DURIGAN et al., 1997).
Repicagem de 4 a 8 semanas após a germinação para sacos de polietileno ou tubetes grandes (CARVALHO, 2003). Transplantar para embalagens individuais quando estiverem com 3 a 5 cm (LORENZI, 2002).
É uma espécie heliófita (LORENZI, 2002) que tolera sombreamento na fase juvenil (CARVALHO, 2003).
Bibliografia
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7 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
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