O ipê-amarelo-cascudo é normalmente de pequeno porte, com altura de 4 a 10 metros, tronco tortuoso, casca externa acinzentada e finamente fissurada. Esta árvore perde suas folhas de cor ferrugem no inverno, quando suas flores amarelo-ouro se destacam pela exuberância. Por suas características ornamentais é uma espécie presente na arborização de ruas estreitas e pequenos espaços. É encontrada em vários tipos de ambiente, preferencialmente em solos úmidos e profundos.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, dormentes, mourões, poste, construção civil, esquadrias, forro e teto, obras hidráulicas, rodapés, tabuados, tacos, vigas, carvão, carpintaria e marcenaria, móveis), produtos não madeireiros (apícola, medicinal, ornamental, corantes) 5,1
Ethnobotany & History
Sua madeira é dura, flexível e resistente. Na região de Nazaré Paulista a madeira era utilizada para construção civil.
Insetos pertencentes às ordens Hymenoptera, Hemiptera, Diptera e Coleoptera foram encontrados associados às folhas deformadas. A espécie Trioza tabebuiae (Hemiptera: Psylloidea) foi constatada como responsável pelo enrolamento do lombo foliar do ipê (SANTANA et al., 2005). Também foram observadas em mudas e árvores de rua na cidade de Curitiba a doença crosta marrom, causada por Apiospharia guaranitica, o oídio e a fumagina (WIELEWSKI et al., 2002).
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A colheita dos frutos deve ser feita quando iniciarem a abertura espontânea. Depois, devem ser expostos ao sol, para completarem a abertura e a liberação das sementes.
A repicagem para sacos de polietileno ou tubetes de polipropileno, de tamanho grande, deve ser feita de 25 a 30 dias após a germinação, quando as plântulas atingirem 5 a 8 com de altura (CARVALHO, 2006).
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2006. v. 2, 627 p.
2 SÃO PAULO (Município). Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Manual técnico de arborização urbana. São Paulo, 2005. 48 p.
3 LOHMANN, L. G. Bignoniaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB114078>. Acesso em: 12 mar. 2013.
4 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
5 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
6 FONSECA, F. L.; MENEGARIO C.; MORI, E. S.; KAKAGAWA, J. Maturidade fisiológica das sementes do ipê amarelo, Tabebuia chrysotrica (Mart. Ex DC.) Standl. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 69, p. 136-141, dez. 2005.
7 SANTANA, D. L. de Q.; AUER, C. G.; ROCHA, A. L. J. L.; MARQUES, E. Insetos associados ao enrolamento foliar de Tabebuia spp. em viveiros e na arborização urbana de Curitiba. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 50, p. 117-126, jan./jun. 2005.
8 WIELEWSKI, P.; AUER, C. G.; GRIGOLETTI JUNIOR, A. Levantamento de doenças em ipê-amarelo (Tabebuia chrysotricha) em Curitiba, PR. Floresta, Curitiba, v. 32, n. 2, p. 277-281, 2002.
9 KAGEYAMA et al. Recomposição da vegetação com espécies arbóreas nativas em reservatórios de usinas hidrelétricas de CESP. IPEF Série Técnica, Piracicaba, v. 8, n. 25, p. 1-43, set. 1992. Disponível em: <http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr25/cap01.pdf>. Acesso em: 11 set. 2013.
10 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
11 AQUINO, C.; BARBOSA, L. M. Classes sucessionais e síndromes de dispersão de espécies arbóreas e arbustivas existentes em vegetação ciliar remanescente (Conchal, SP), como subsídio para avaliar o potencial do fragmento como fonte de propágulos para enriquecimento de áreas revegetadas no Rio Mogi-Guaçu, SP. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 2, p. 349-358, mar./abr. 2009.
12 CATHARINO, E. L. M.; BERNACCI, L. C.; FRANCO, G. A. D. C.; DURIGAN, G.; METZGER, J. P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, Campinas, v. 6, n. 2, 2006.
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