O ipê-da-serra é uma das árvores mais ornamentais, tanto pelo exuberante florescimento como por sua folhagem prateada quando recém brotada. É uma espécie caducifólia (que perde suas folhas no inverno), com altura variável de até 30 metros, tronco reto a levemente tortuoso, casca espessa de coloração acinzentada e fissuras no sentido vertical. É encontrada em diversos tipos de ambiente mas principalmente em solos úmidos e profundos. Suas flores se destacam pela cor amarelo ouro e são comestíveis quando maduras. Sua madeira é densa, de alta durabilidade e pode ser empregada na construção civil, marcenaria, carpintaria e no paisagismo em geral.
Insetos pertencentes às ordens Hymenoptera, Hemiptera, Diptera e Coleoptera foram encontrados associados às folhas deformadas. A espécie Trioza tabebuiae (Hemiptera: Psylloidea) foi constatada como responsável pelo enrolamento do lombo foliar do ipê (SANTANA et al., 2005).
Também foi observada Sitophilus linearis (Coleoptera: Curculionidae), em vagens, danificando as sementes do ipê amarelo (ZIDKO, 2002). 5,6
Os frutos devem ser coletados antes da abertura espontânea, para evitar a perda de sementes. Após a coleta, os frutos devem permanecer em ambiente ventilado para a extração manual das sementes (CARVALHO, 2003). Colher os frutos quando iniciarem abertura espontânea e deixá-los ao sol para completarem a liberação das sementes (LORENZI, 2002).
A semeadura deve ser realizada até 7 dias após a colheita das sementes diretamente em canteiros ou recipientes individuais (BACKES; IRGANG, 2004). A repicagem das mudas deve ocorrer 2 a 3 semanas após a germinação nos canteiros para sacos de polietileno com no mínimo 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro ou em tubetes grandes (CARVALHO, 2003).
1 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
2 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
3 LOHMANN, L. G. Bignoniaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB114069>. Acesso em: 12 mar. 2013.
4 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
5 ZIDKO, A. Coleópteros (Insecta) associados às estruturas reprodutivas de espécies florestais arbóreas nativas no Estado de São Paulo. 2002. 43 f. Dissertação (Mestrado em Recursos Florestais) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, Piracicaba. 2002.
6 SANTANA, D. L. de Q.; AUER, C. G.; ROCHA, A. L. J. L.; MARQUES, E. Insetos associados ao enrolamento foliar de Tabebuia spp. em viveiros e na arborização urbana de Curitiba. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 50, p. 117-126, jan./jun. 2005.
7 CATHARINO, E. L. M.; BERNACCI, L. C.; FRANCO, G. A. D. C.; DURIGAN, G.; METZGER, J. P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, Campinas, v. 6, n. 2, 2006.
8 MEDEIROS, A. C. S.; EIRA, M. T. S. Comportamento fisiológico, secagem e armazenamento de sementes florestais nativas. Colombo: Embrapa Florestas, 2006. 13 p. (Circular Técnica, 127).
9 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.