O ipê felpudo é uma espécie utilizada na restauração florestal de áreas degradadas, e apresenta elevada importância ecológica por produzir folhas de fácil decomposição, sendo recomendado como espécie recuperadora de solos. Essa espécie é também recomendada para reposição de mata ciliar em locais sem inundação. Apresenta velocidade de crescimento moderada a rápida e seu porte varia de 6 a 23 metros. Sua madeira é utilizada na construção civil, na confecção de artefatos, e na produção de lenha e carvão por possuir alto poder calorífico. Suas flores são amarelas a alaranjadas e melíferas.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, dormentes, mourões, celulose e papel, tacos, carvão, lenha), produtos não madeireiros (alimentação animal (forragem), apícola, ecológico, ornamental) 2,4,1
Moderado a rápido (MATOS; GUEIROZ, 2009; CARVALHO, 2003), podendo atingir até 24 m³/ha/ano. Estima-se uma rotação de 5 a 10 anos para energia e de 15 a 20 anos para madeira (CARVALHO, 2003). A espécie atingindo facilmente 3 m aos 2 anos, caracterizando rápido desenvolvimento (LORENZI, 1998).
Segundo o trabalho de Zangaro et al. (2002), a espécie não respondeu a inoculação de micorrizas arbusculares (MA). Já Carneiro et al. (1998), afirma que a espécie apresenta baixa incidência de MA em viveiro.
Os frutos devem ser coletados quando inicia-se a mudança de cor para marrom ou diretamente da árvore quando a deiscência inicia em algum deles. Após a coleta, os frutos devem ser postos para secar à sombra, para perda do excesso de umidade. Posteriormente, devem ser colocados ao sol, por cerca de 3 dias, até sua abertura. A extração das sementes aladas pode ser feita manualmente (CARVALHO, 2003). Na secagem dos frutos, deve-se utilizar uma tela protetora que não permita que as sementes sejam levadas pelo vento, uma vez que possuem baixa densidade (LORENZI, 1998).
As sementes devem ser postas para germinação logo que colhidas, devido a rápida perda de viabilidade germinativa (LORENZI, 1998). Recomenda-se semear uma semente diretamente em saco de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 10 cm de diâmetro, ou em tubete de polipropileno grande (CARVALHO, 2003). Se semeadas em canteiros, estes devem ser semi sombreados, contendo substrato organo argiloso, e quando as mudas alcançarem 4 a 6 cm, transplantá-las para embalagens individuais Em mais 60-90 dias já podem ser levadas para plantio no local definitivo (LORENZI, 1998). A espécie também se propaga por estacas de ramos ou de raízes. (MATOS; QUEIROZ, 2009).
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 MATOS, E.; QUEIROZ, L. P. de. Árvores para cidades. Salvador: Ministério Público do Estado da Bahia: Solisluna, 2009. 340 p.
3 LOHMANN, L. G. Bignoniaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB114468> Acesso em: 23 jul. 2013.
4 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998. v.1, 360 p.
5 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
6 MORELLATO, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1991.
7 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
8 CARNEIRO, M. A. C.; SIQUEIRA, J. O.; MOREIRA, F. M. S.; CARVALHO, D. de; BOTELHO, S. A.; JUNIOR, O. J. S. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas e arbustivas nativas de ocorrência no sudeste do Brasil. Cerne, Lavras, v. 4, n. 1, p. 129-145, 1998.
9 ZANGARO, W.; NISIZAKI, S. M. A.; DOMINGOS, J. C. B.; NAKANO, E. M. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas nativas da bacia do Rio Tibagi, Paraná. Cerne, Lavras, v. 8, n. 1, p. 77-87, 2002.