O guapuruvu é recomendado para restauração de mata ciliar em locais não sujeitos a inundação. Apresenta um notável uso paisagístico por suas flores vivamente amarelas e melíferas. Como vantagem, possui raízes profundas que em solos permeáveis causam poucos danos a muros e calçamentos. Sua única restrição são os ramos quebradiços que limitam o seu plantio para as áreas de menor circulação em praças, parques e jardins. Apresenta alinhamento cilíndrico do tronco, superfície lisa e, geralmente, elevado fuste. Sua madeira é utilizada na construção civil e naval, entre outros fins.
produtos madeireiros (artigos esportivos, brinquedos, caixotaria, lápis, palitos de fósforo, pranchetas, solados de sapato, tamancos, celulose e papel, assoalhos, portões e portas, construção naval, chapas e compensados), produtos não madeireiros (alimentação animal (forragem), apícola, medicinal) 1,5,3
Quando em condições adequadas o guapuruvú é uma das espécies de mais rápido crescimento na região Sul e Sudeste. Estima-se uma rotação a partir de 5 anos para industrialização de pasta para papel (CARVALHO, 2003).
A broca da madeira, Acanthoderes jaspidea (Coleóptera: Cerambycidae), tem sua maior atividade restringida, principalmente, às árvores de crescimento rápido e à freqüência de ataque é maior nos primeiros 4 anos de vida das árvores. A incidência é maior entre o verão e início do outono (CARVALHO, 2003). Outras pragas são imperialis magnífica (Lepdoptera: Adelocephalidae) e Tiquara sp., que alimentam-se dos tecidos do caule da planta (PIVETTA; SILVA FILHO, 2002) 2,1
O guapuruvu cresce melhor em solos profundos e úmidos, bem drenados e com textura que varia de franca a argilosa. Solos rasos, de baixa fertilidade ou demasiadamente secos são inadequados para essa espécie (CARVALHO, 2003). É seletiva higrófita e bastante frequente nas planícies aluviais ao longo de rios (LORENZI, 1998).
De julho a novembro no Estado de São Paulo (CARVALHO, 2003). Setembro a novembro (MORELLATO, 1991). Julho a dezembro (BACKES; IRGANG, 2004). Setembro a dezembro (SILVA JUNIOR; LIMA, 2010). Novembro (PIVETTA; SILVA FILHO, 2002).
A frutificação ocorre entre os meses de junho e agosto (MORELLATO, 1991). Segundo Carvalho (2003), a frutificação compreende o período de abril a outubro no Estado de São Paulo, sendo que a floração e a frutificação iniciam-se entre 6 a 8 anos de idade em plantios.
Escarificação mecânica, utilizando-se uma lixa, no lado oposto ao hilo. Outro método é a Imersão em água fervente por 2 minutos, após isso, retira-se as sementes, e assim que a água esfriar é preciso recolocar as sementes na mesma água de 12 a 72 horas (MATOS; QUEIROZ, 2009). Outro método é a escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 5 minutos (CARVALHO, 2003).
Recomenda-se semear em sacos de polietileno, de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro ou em tubetes de polipropileno grande (CARVALHO, 2003), enterrando-se as sementes a 2 cm de profundidade (MATOS; QUEIROZ, 2009) O tempo de viveiro é, em média, 3 a 4 meses. Essa espécie brota após o corte, não só da base como em qualquer altura do tronco, principalmente quando afetada por geada. (CARVALHO, 2003).
Essencialmente heliófila (CARVALHO 2003; LORENZI, 1998); não tolerante a sombra (BORGO, 2010).
Dados madeireiros
-
-
-
Bibliografia
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 PIVETTA, K. F. L.; SILVA FILHO, D. F. da. Arborização urbana. Jaboticabal: UNESP/FCAV/FUNEP, 2002. 69 p. (Boletim Acadêmico, Série Arborização Urbana). Disponível em: <www.uesb.br/flower/alunos/pdfs/arborizacao_urbana%20Khatia.pdf>. Acesso em: 2 fev. 2013.
3 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
4 MATOS, E.; QUEIROZ, L. P. de. Árvores para cidades. Salvador: Ministério Público do Estado da Bahia: Solisluna, 2009. 340 p.
5 SILVA JÚNIOR, M. C. da; LIMA, R. M. C. 100 Árvores Urbanas – Brasília: guia de campo. Brasília: Editora Rede de Sementes do Cerrado, 2010. 280 p.
6 LEWIS, G. P. Schizolobium. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB23143>. Acesso em: 22 jul. 2013.
7 MORELLATO, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1991.
8 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998. v.1, 360 p.
9 BORGO, M. A Floresta Atlântica do litoral norte do Paraná, Brasil: aspectos florísticos, estruturais e estoque de biomassa ao longo do processo sucessional. 2010. 165 f. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) - Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2010.
10 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
11 WIELEWICKI, A. P.; LEONHARDT, C.; SCHLINDWEIN, G.; MEDEIROS, A. C. de S. Proposta de padrões de germinação e teor de água para sementes de algumas espécies florestais presentes na Região Sul do Brasil. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 28, n. 3, p. 191-197, 2006.