Amazônia (Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta Ombrófila), Cerrado, Mata Atlântica (Floresta Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila) 5
Restoration, Urban forestry
O ingá, encontrado preferencialmente em ambientes úmidos, alcança até 20 m de altura quando adulto. Pode ser reconhecido por um tronco curto e liso, com copa arredondada. Possui frutos do tipo legume, que fornecem uma semente envolvida por uma camada adocicada e comestível. Suas flores são brancas, delicadas e perfumadas, tornando a espécie recomendável para arborização urbana. Sua madeira é moderadamente resistente, utilizada em obras externas, caixotaria e carpintaria, além de lenha e carvão.
produtos madeireiros (construção civil, carvão, lenha), produtos não madeireiros (alimentação humana, apícola, recurso para fauna, medicinal, ornamental) 17,3,1,2
Ethnobotany & History
Na região de Nazaré Paulista é uma espécie utilizada principalmente para alimentação humana e animal, sendo muitas vezes cultivada nos quintais dos sítios.
O crescimento do ingá-feijáo é lento. Aos 8 anos de idade, essa espécie apresentou um incremento médio anual em volume de 1,85 m³/ha/ano (SPELTZ, 1968). Crescimento rápido (LORENZI, 2009).
Espécie seletiva higrófita (LORENZI, 2009); suporta solos mal drenados (CARVALHO, 2006); adaptação moderada a terrenos úmidos (CARPANEZZI; CARPANEZZI, 2006); indicada para áreas encharcadas permanentemente e áreas de inundação temporária (MARTINS, 2007).
Colher as vagens diretamente na árvore quando iniciarem queda espontânea ou recolhê-las no chão após a queda. Abrir as vagens manualmente e plantar antes que a semente seque.
Colocar as sementes para germinação, imediatamente após a retirada das vagens, em canteiros semi-sombreados (LORENZI, 2009). Recomenda-se a semeadura direta em saco de polietileno ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio (CARVALHO, 2006).
Espécie heliófita (LORENZI, 2009). O ingá-feijão é uma espécie heliófila ou esciófila (CARVALHO, 2006).
Bibliography
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