Amazônia (Floresta de Terra Firme, Floresta Ombrófila), Caatinga, Cerrado (Cerradão, Floresta Ciliar), Mata Atlântica (Restinga), Pampa, Pantanal 9
Restoration, Urban forestry, Silviculture
O tapiriri ou cupiúba é uma árvore de pequeno porte, com altura de 8 a 14 metros, bastante encontrada em formações secundárias de solos úmidos como várzeas e beiras de rios. Seu tronco é curto e um pouco tortuoso, de casca externa cinza-escura com manchas brancas e fendas no sentido horizontal. As folhas são compostas, com folíolos que variam muito em forma e tamanho. As flores são pequenas de pétalas esverdeadas. Sua madeira é leve, fácil de trabalhar, empregada na fabricação de brinquedos, embalagens, caixotaria, móveis e cabos de utensílios domésticos.
produtos madeireiros (brinquedos, caixotaria, embalagens, solados de sapato, construção civil, carvão, lenha, chapas e compensados), produtos não madeireiros (apícola, recurso para fauna, medicinal, ornamental, substâncias tanantes) 6,3,13,10,4
A espécie é tolerante a locais úmidos, por isso é muito encontrada em várzeas e beiras de rios. Embora também seja encontrada em ambientes secos de encostas, é nas várzeas que apresenta seu maior desenvolvimento (LORENZI, 1998). Espécie característica de florestas úmidas e de matas ciliares (MATOS; QUEIROZ, 2009).
Ecology & reproduction
Pioneer, Early secondary, Late secondary 10,4,21,11,18,22,3
Em geral, abelhas e diversos insetos pequenos (CARVALHO, 2006), como vespas e moscas, entre esses os sirfídeos (Diptera: Syrphidae).Essa espécie é dependente dos agentes polinizadores, uma vez que a produção de frutos na ausência de polinização é muito baixa. 15,16,17
Aves, dentre elas, tucanos Ramphastos dicolorus (GALETTI et al., 2000). A espécie está presente no cardápio anual do macaco bugio ou guariba (KUHLMANN, 1975). Espécie também utilizada na alimentação do macaco mono-carvoeiro (MORAES, 1992). 5,4,6,7,8
Colher os frutos quando iniciarem a queda espontânea. Em seguida, os frutos devem ser despolpados manualmente e lavados em água corrente, dentro de uma peneira. Secar as sementes à sombra.
Embora não seja necessário, o despolpamento eleva a taxa de germinação, além de diminuir o tempo de germinação, caracterizando a eficiência (CARVALHO, 2006). Outro método é a extração do pericarpo (MORI et al., 2012).
Semeadura em canteiros. Repicagem com 4 a 6 cm de altura. Plantio definitivo em 4 a 5 meses. (BACKES e IRGAN, 2004; CARVALHO, 2006). Quando realizado o plantio em recipientes individuais, recomenda-se plantar de 2 a 3 sementes, enterrando-as a 0,5 cm (MATOS; QUEIROZ, 2009).
1 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
2 HOELTGEBAUM, M. P.; QUEIRÓZ, M. H.; REIS, M. S. Relação entre bromélias epifíticas e forófitos em diferentes estádios sucessionais. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 64, p. 337-347, jun. 2013.
3 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2006. v. 2, 627 p.
4 MATOS, E.; QUEIROZ, L. P. de. Árvores para cidades. Salvador: Ministério Público do Estado da Bahia: Solisluna, 2009. 340 p.
5 GALETTI, M.; LAPS, R.; PIZO, M. A. Frugivory by toucans (Ramphastidae) at two altitudes in the Atlantic Forest of Brazil. Biotropica, Washington, v. 32, n. 4b, p. 842-850, 2000.
6 SILVA JÚNIOR, M. C. da; PEREIRA, B. A. da S. 100 Árvores do Cerrado – Matas de Galeria: guia de campo. Brasília: Ed. Rede de Sementes do Cerrado, 2009. 288 p.
7 MORAES, P. L. R. de. Espécies utilizadas na alimentação no mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides E. Geoffroy, 1806) no Parque Estadual de Carlos Botelho. In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS FLORESTAIS, 2., 1992, São Paulo. Anais... São Paulo: Revista do Instituto Florestal, 1992. v. 4, p. 1206-1208.
8 KUHLMANN, M. Adendo alimentar dos bugios. Silvicultura em São Paulo, São Paulo, v. 9, p. 57-62, 1975.
9 SILVA-LUZ, C. L.; PIRANI, J. R. Anacardiaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB4408>. Acesso em: 11 jul. 2013.
10 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
11 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
12 DAVIDE, A. C.; SILVA, E. A. A. da. Produção de sementes e mudas de espécies florestais. Lavras: Ed. UFLA, 2008. ed. 1, 175 p.
13 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998. v.1, 360 p.
14 BORGO, M. A Floresta Atlântica do litoral norte do Paraná, Brasil: aspectos florísticos, estruturais e estoque de biomassa ao longo do processo sucessional. 2010. 165 f. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) - Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2010.
15 MORELLATO, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1991.
16 KINOSHITA, L. S.; TORRES, R. B.; FORNI-MARTINS, E. R.; SPINELLI, T.; AHN, Y. J.; CONSTÂNCIO, S. S. Composição florística e síndromes de polinização e de dispersão da mata do Sítio São Francisco, Campinas, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 20, n. 2, p. 313-327, 2006.
17 ARRUDA, V. L. V.; SAZIMA, M. Flores visitadas por sirfídeos (Diptera: Syrphidae) em mata mesófila de Campinas, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 109-117, 1996.
18 AQUINO, C.; BARBOSA, L. M. Classes sucessionais e síndromes de dispersão de espécies arbóreas e arbustivas existentes em vegetação ciliar remanescente (Conchal, SP), como subsídio para avaliar o potencial do fragmento como fonte de propágulos para enriquecimento de áreas revegetadas no Rio Mogi-Guaçu, SP. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 2, p. 349-358, mar./abr. 2009.
19 CARVALHO, L. R. de; SILVA, E. A. A. da; DAVIDE, A. C. Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v. 28, n. 2, p. 15-25, 2006.
20 SILVA JÚNIOR, M. C. da; LIMA, R. M. C. 100 Árvores Urbanas – Brasília: guia de campo. Brasília: Editora Rede de Sementes do Cerrado, 2010. 280 p.
21 HIGUCHI, P.; REIS, M. G. F.; REIS, G. G.; PINHEIRO, A. L.; SILVA, C.T.; OLIVEIRA, C. H. R. Composição florística da regeneração natural de espécies arbóreas ao longo de oito anos em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, em Viçosa, MG. Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n. 6, p. 893-904, 2006.
22 CATHARINO, E. L. M.; BERNACCI, L. C.; FRANCO, G. A. D. C.; DURIGAN, G.; METZGER, J. P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, Campinas, v. 6, n. 2, 2006.