Anexo I - Ameaçada (Instrução Normativa nº6 (MMA))
Restauração, Arborização urbana, Silvicultura
A canela-sassafrás é uma árvore encontrada preferencialmente em encostas de solos rasos de drenagem rápida. Possui 5 a 15 metros de altura, tronco tortuoso, curto e com pequena dilatação na base. Suas folhas quando maceradas liberam odor característico e suas flores brancas são muito perfumadas. Sua madeira, utilizada para construção civil, é muito durável na água. Destaca-se por produzir óleo essencial contendo safrol, utilizado para perfumaria, medicina e fabricação de inseticidas e herbicidas.
produtos madeireiros (caixotaria, embalagens, construção civil, revestimento decorativo, construção naval, movelaria, tanoaria), produtos não madeireiros (ecológico, medicinal, ornamental, produto bioquímico) 1,4,2,7
É adequada para reflorestamento em matas ciliares (CARVALHO, 2003). Porém, prefere o alto das encostas de solos rasos e de rápida drenagem (LORENZI, 1998).
O período de floração ocorre de junho a novembro no Estado de São Paulo (BAITELLO; MARCOVINO, 2003). No entanto, de acordo com Backes e Irgang (2004) a floração varia conforme a região e tende a ocorrer de agosto a setembro, sendo este último período também citado pelo Manual Técnico de Arborização Urbana (SÃO PAULO, 2005).
A ocorrência de frutos maduros ocorre no período de julho a dezembro (BAITELLO; MARCOVINO, 2003); de maio a novembro (CARVALHO, 2003). Podem variar conforme a região, tendendo a ocorrer em duas épocas do ano: de maio a dezembro (BACKES; IRGANG, 2004) e de abril a junho (BACKES; IRGANG, 2004; SÃO PAULO, 2005).
Os frutos são coletados quando passam da coloração verde para a violácea, com e sem a cúpula ou calota envoltória. No primeiro caso, retira-se a calota manualmente, e macera-se a parte carnosa que envolve a semente. Quando a semente fica totalmente limpa, é deixada em peneiras colocadas em ambiente ventilado, para a secagem.
Como apresenta dormência dupla, tegumentar e de embrião, recomenda-se escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 5 minutos, associada a estratificação em areia úmida por 60 dias, devendo-se utilizar apenas uma camada de sementes.
Pode ser realizada a semeadura direta em canteiros a meia sombra ou em recipientes individuais. A repicagem deve ocorrer de 1 a 3 semanas após a germinação e o plantio, a partir de 6 meses. (BACKES e IRGAN, 2004).
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998. v.1, 360 p.
3 SÃO PAULO (Município). Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Manual técnico de arborização urbana. São Paulo, 2005. 48 p.
4 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
5 QUINET, A.; BAITELLO, J. B.; MORAES, P. L. R. de; ALVES F. M.; ASSIS, L. Lauraceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB8476>. Acesso em: 11 jul. 2013.
6 BAITELLO, J. B.; MARCOVINO, J. R. Ocotea. In: WANDERLEY, M. das G. L.; SHEPHERD, G. J.; GIULIETTI, A. M.; MELHEM, T. S. (Ed.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP: RiMa, 2003. v. 3, p. 179-208.
7 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
8 BORGO, M. A Floresta Atlântica do litoral norte do Paraná, Brasil: aspectos florísticos, estruturais e estoque de biomassa ao longo do processo sucessional. 2010. 165 f. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) - Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2010.
9 TABARELLI, M.; MANTOVANI, W. Colonização de clareiras naturais na floresta atlântica no sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 56-66, jun. 1997.
10 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
11 ARRUDA, V. L. V.; SAZIMA, M. Flores visitadas por sirfídeos (Diptera: Syrphidae) em mata mesófila de Campinas, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 109-117, 1996.
12 RIO GRANDE ENERGIA - RGE. Manual de arborização e poda. Rio Grande do Sul: Gráfica Editora Pallotti, 2000. 40 p.
13 HIGUCHI, P.; REIS, M. G. F.; REIS, G. G.; PINHEIRO, A. L.; SILVA, C.T.; OLIVEIRA, C. H. R. Composição florística da regeneração natural de espécies arbóreas ao longo de oito anos em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, em Viçosa, MG. Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n. 6, p. 893-904, 2006.
14 CATHARINO, E. L. M.; BERNACCI, L. C.; FRANCO, G. A. D. C.; DURIGAN, G.; METZGER, J. P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, Campinas, v. 6, n. 2, 2006.
15 LEONHARDT, C.; BUENO, O. L.; CALIL, A. C.; BUSNELLO, A.; ROSA, R. Morfologia e desenvolvimento de plântulas de 29 espécies arbóreas nativas da área da Bacia Hidrográfica do Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, v. 63, n. 1, p. 5-14, jan./jun. 2008.