A canela-preta fornece madeira semelhante à imbuia (Ocotea porosa), mas é pouco aproveitada devido ao cheiro desagradável. No entanto, é uma árvore amplamente utilizada na arborização urbana, principalmente pela forma arredondada (globosa) de sua copa, com folhas de textura coriácea que exalam odor apimentado quando maceradas. Seu tronco, de casca externa castanha, apresenta escamas que quando se desprendem deixam cicatrizes características da espécie.
produtos madeireiros (esquadrias, tabuados, lenha, carpintaria e marcenaria, chapas e compensados, móveis), produtos não madeireiros (recurso para fauna, medicinal, ornamental, produto bioquímico) 2,3,4
Momento da colheita: quando os frutos iniciarem a queda espontânea. Para facilitar a coleta, pode-se estender uma lona sob a árvore e balançar os ramos. Após colhidos, os frutos devem ser despolpados em água corrente para o posterior armazenamento das sementes.
-
Sem necessidade de tratamento, Tratamento térmico 3
Não há necessidade. Mas para acelerar e uniformizar a germinação, imergir as sementes em água fria por 48 horas.
A semente dessa espécie deve ser semeada logo após a colheita (CARVALHO, 2006).
No caso de plantio imediato semear os frutos inteiros (LORENZI, 2002). Recomenda-se fazer a repicagem 2 a 4 semanas após a germinação.
1 SÃO PAULO (Município). Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Manual técnico de arborização urbana. São Paulo, 2005. 48 p.
2 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
3 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2006. v. 2, 627 p.
4 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
5 QUINET, A.; BAITELLO, J. B.; MORAES, P. L. R.; ALVES, F. M.; ASSIS, L. Lauraceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB8431>. Acesso em: 30 jul. 2013.
6 BAITELLO, J. B. Nectandra. In: WANDERLEY, M. das G. L.; SHEPHERD, G. J.; GIULIETTI, A. M.; MELHEM, T. S. (Ed.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP: RiMa, 2003. v. 3, p. 167-179.
7 SOUZA, L. A.; MOSCHETA, I. S. Morfo-anatomia do desenvolvimento do fruto de Ocotea puberula (Rich. Nees) e de Nectandra megapotamica (Spreng. Mez) (Lauraceae). Acta Científica Venezolana, Caracas, v. 51, n. 3, p. 84-89, 2000.
8 CATHARINO, E. L. M.; BERNACCI, L. C.; FRANCO, G. A. D. C.; DURIGAN, G.; METZGER, J. P. Aspectos da composição e diversidade do componente arbóreo das florestas da Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica, Campinas, v. 6, n. 2, 2006.
9 ZIPPARRO, V. B.; GUILHERME, F. A. G.; ALMEIDA-SCABRIA, R. J.; MORELLATO, L. P. C. Levantamento Florístico de Floresta Atlântica no Sul do Estado de São Paulo, Parque Estadual Intervales, Base Saibadela. Biota Neotropica, Campinas, v. 5, n. 1, 2005.
10 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
11 LEITE, E. C; RODRIGUES, R. R. Fitossociologia e caracterização sucessional de um fragmento de floresta estacional do sudeste do Brasil. Revista Árvore, Viçosa, v. 32, n. 3, p. 583-595, 2008.
12 HIGUCHI, P.; REIS, M. G. F.; REIS, G. G.; PINHEIRO, A. L.; SILVA, C.T.; OLIVEIRA, C. H. R. Composição florística da regeneração natural de espécies arbóreas ao longo de oito anos em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, em Viçosa, MG. Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n. 6, p. 893-904, 2006.
13 VACCARO, S.; LONGHI, S. J.; BRENA, D. A. Aspectos da composição florística e categorias sucessionais do estrato arbóreo de três subseres de uma floresta estacional decidual, no Município de Santa Tereza - RS. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 9, n. 1, p. 1-18, 1999.
14 MARTINS, S. V. Recuperação de matas ciliares. 2 ed. Viçosa: Aprenda Fácil Editora, 2007. v. 1, 255 p.