A canela branca é uma árvore com até 25 metros de altura que se destaca pela intensa floração branca, o que a recomenda como espécie ornamental para ruas, praças e rodovias. Como seus frutos são intensamente consumidos por várias espécies de pássaros, é também indicada para a restauração de áreas. Esta espécie quase sempre apresenta folhas avermelhadas que ajudam na identificação, tronco levemente tortuoso, casca externa áspera e casca interna com cheiro desagradável. Sua madeira é indicada para móveis e construção civil, especialmente para tábuas, ripas e caibros.
produtos madeireiros (caibros, esquadrias, forro e teto, ripas, tabuados, tacos, carvão, lenha, móveis), produtos não madeireiros (recurso para fauna, ornamental) 1,2,3
Esta espécie é recomendada para locais com inundações periódicas de rápida duração, ou seja, suporta encharcamento leve (CARVALHO, 2003). Áreas encharcadas permanentemente e áreas com inundação temporária (SILVEIRA et al., 2008).
Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem queda espontânea ou recolhê-los no chão após a queda e em seguida deixá-los amontoados alguns dias (LORENZI, 2002). A semente é extraída do fruto por maceração, após permanência em água. Após retirada da polpa, a semente deve ser seca em ambiente ventilado (CARVALHO, 2003; LORENZI, 2002). Sementes de frutos verdes de Nectandra lanceolata apresentam menor potencial de armazenamento em relação às sementes de frutos escuros (CARVALHO, 2006).
Como as sementes apresentam dormência dupla, recomenda-se escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 5 minutos, associada a estratificação em areia úmida por 30 dias, devendo-se utilizar apenas uma camada de sementes (CARVALHO, 2003). Escarificação em ácido sulfúrico concentrado por 5 minutos (MEDEIROS, 2001).
Quando necessária, a repicagem dos canteiros para os recipientes individuais deve ser feita 3 a 5 semanas após a germinação (CARVALHO, 2003; BACKES; IRGANG, 2004).
1 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
2 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
3 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
4 BAITELLO, J. B. Nectandra. In: WANDERLEY, M. das G. L.; SHEPHERD, G. J.; GIULIETTI, A. M.; MELHEM, T. S. (Ed.). Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo: FAPESP: RiMa, 2003. v. 3, p. 167-179.
5 QUINET, A.; BAITELLO, J. B.; MORAES, P. L. R. de; ALVES, F. M.; ASSIS, L. Lauraceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB8429>. Acesso em: 23 jul. 2013.
6 MORELLATO, L. P. C. Estudo da fenologia de árvores, arbustos e lianas de uma floresta semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. 176 f. Tese (Doutorado em Biologia) - Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 1991.
7 CARVALHO, L. R. de. Conservação de sementes de espécies dos gêneros Nectandra, Ocotea e Persea (Lauraceae). 2006. 75 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal), Universidade Federal de Lavras, Lavras. 2006.
8 MEDEIROS, A. C. de S. Aspectos de dormência em sementes de espécies arbóreas. Colombo, PR: Embrapa, 2001. 12 p. (Circular Técnica, 55).
9 PINTO SOBRINHO, F. de A.; CHRISTO, A. G.; GUEDES-BRUNI, R. R.; SILVA, A. F. Composição florística e estrutura de um fragmento de floresta estacional semidecidual Aluvial em Viçosa (MG). Revista Floresta, Curitiba, v. 39, n. 4, p. 793-805, out./dez. 2009.
10 GANDOLFI, S.; LEITÃO-FILHO, H. F.; BEZERRA, C. L. F. Levantamento florístico e caráter sucessional das espécies arbustivo-arbóreas de uma floresta mesófila semidecídua no município de Guarulhos, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 55, n. 4, p. 753-767, 1995.
11 SILVEIRA, C. J. A.; COELHO, A. N.; ROCHA, M. G. B. Nota técnica para o programa de fomento ambiental. Belo Horizonte: Instituto Estadual de Florestas - IEF, 2008.