VU - Vulnerável (UICN)NT - Quase ameaçada (Resolução SMA-48 (São Paulo))
Restauração, Arborização urbana, Silvicultura
O jacarandá paulista é uma árvore que pode atingir até 30 metros de altura. Possui tronco reto de 50 a 80 cm de diâmetro. Possui folhas compostas de folíolos recobertos com uma penugem em ambas as faces. Ela é encontrada tanto no interior de matas densas como em formações secundárias. A madeira do jacarandá é pesada e muito resistente.
produtos madeireiros (cabo de ferramentas, mourões, construção civil, carvão, lenha), produtos não madeireiros (ornamental)
Etnobotânica & História
Na região de Nazaré Paulista-SP, o jacarandá é uma espécie de destaque devido a sua importância econômica e cultural, como descreve um morador local: “O jacarandá é o rei da mata...é a madeira mais respeitada”. Tradicionalmente utilizada para construção civil, obras expostas como postes e dormentes, marcenaria, utensílios domésticos, carvão e lenha. No passado a madeira do jacarandá foi muito utilizada na fabricação do pilão de moer grãos como café e feijão, e na construção das rodas do carro de boi, o antigo meio de locomoção dos moradores.
Os frutos devem ser utilizados como se fossem sementes, coloca-os para germinar, pois a abertura dos mesmos para a retirada das sementes é praticamente impossível. Sua produção de sementes é irregular e escassa, ocorrendo com abundância somente a cada 2 - 3 anos.
1 SÃO PAULO (Município). Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Manual técnico de arborização urbana. São Paulo, 2005. 48 p.
2 FILARDI, F. L. R. Machaerium. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB29784>. Acesso em: 12 mar. 2013.
3 BRINA, A. E. Aspectos da dinâmica da vegetação associada a afloramentos calcários na APA Carste de Lagoa Santa, MG. 1998. 119 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia, Conservação e Manejo da vida silvestre) - Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 1998.
4 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
5 LEITE, E. C; RODRIGUES, R. R. Fitossociologia e caracterização sucessional de um fragmento de floresta estacional do sudeste do Brasil. Revista Árvore, Viçosa, v. 32, n. 3, p. 583-595, 2008.
6 IVANAUSKAS, N. M.; RODRIGUES, R. R.; NAVE, A. G. Fitossociologia de um trecho de Floresta Estacional Semidecidual em Itatinga, São Paulo, Brasil. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 56, p. 83-99, dez. 1999.
7 GANDOLFI, S.; LEITÃO-FILHO, H. F.; BEZERRA, C. L. F. Levantamento florístico e caráter sucessional das espécies arbustivo-arbóreas de uma floresta mesófila semidecídua no município de Guarulhos, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 55, n. 4, p. 753-767, 1995.
8 VILELA, E. de A.; OLIVEIRA FILHO, A. T. de; GAVILANES, M. L.; CARVALHO, D. A. de. Espécies de matas ciliares com potencial para estudos de revegetação no alto Rio Grande, sul de Minas. Revista Árvore, Viçosa, v. 17, n. 2, p. 117-128, 1993.