Caatinga, Cerrado (Cerrado), Mata Atlântica, Pantanal 6
Silvicultura
A canafístula possui grande efeito ornamental pela beleza de suas panículas amarelas, exuberantes e perfumadas. É bastante usada para arborização de avenidas, praças, parques e jardins devido também a sombra produzida pela sua copa ampla e globosa. É indicada para recuperação de áreas degradas e recomposição de mata ciliar, apresentando rápida velocidade de desenvolvimento. Sua madeira é utilizada em trabalhos de marcenaria, construção civil e no fabrico de dormentes, entre outros.
produtos madeireiros (artefatos, construção civil, construção naval, carpintaria e marcenaria), produtos não madeireiros (apícola, medicinal, saponina, substâncias tanantes) 2,4
Quanto as pragas, destacam-se as famílias de Lepidóptera, Saturnidae (Molippa sabina) e Geometridae, junto aos serradores cerambicídeos, Oncideres ulcerosa e Oncideres dejeani (CARVALHO, 2003). Cochonilha parda (Saissetia coffeae), também foi evidenciada como praga (PIVETTA; SILVA FILHO, 2002). 10,2
Frutos maduros de maio a novembro no Estado de São Paulo (CARVALHO, 2003); de novembro a março (SILVA JUNIOR; LIMA, 2010); de março a abril (COELBA, 2002).
Os frutos são coletados na árvore, quando passam da coloração verde escuro para marrom claro acinzentado. (CARVALHO, 1994). Devido à característica indeiscente do fruto, as sementes de canafístula são de difícil extração. A extração é realizada manualmente com o auxílio de máquinas beneficiadoras (CARVALHO, 2003).
Tratamento químico, Imersão em água, Escarificação mecânica, Tratamentos combinados 1,2,5
Para acelerar a germinação, recomenda-se superar a dormência tegumentar com escarificação mecânica, pelo corte do tegumento na região oposta à da emergência da radícula, ou por imersão em ácido sulfúrico concentrado, por 2 a 10 minutos (MATOS; QUEIROZ, 2009; CARVALHO, 2003), ou ainda imersão em água quente (70° a 95°) por 24h. As sementes apresentam germinação baixa e irregular, se não forem submetidas a tratamento para superação de dormência (CARVALHO, 2003).
Recomenda-se que a semeadura seja feita em recipientes individuais, sendo recomendado semear duas semente por recipiente. Se o recipiente for saco de polietileno, recomenda-se que este tenha dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro. Se o recipiente for tubete de polipropileno, recomenda-se que seja de tamanho médio. A repicagem deve ser feita entre 3 a 5 semanas após a germinação, ou quando a muda atingir 3 a 6 cm de altura. As mudas atingem porte adequado para plantio cerca de 4 meses após a semeadura. A espécie propaga-se também por enxertia, por meio do método da garfagem em fenda cheia, além de propagar-se por estacas radiciais (CARVALHO, 2003).
1 MATOS, E.; QUEIROZ, L. P. de. Árvores para cidades. Salvador: Ministério Público do Estado da Bahia: Solisluna, 2009. 340 p.
2 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
3 CONCESSIONÁRIA DO SERVIÇO PÚBLICO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO DA BAHIA - COELBA. Guia de arborização urbana. Salvador: Unidade de Meio Ambiente, 2002. 55 p.
4 SILVA JÚNIOR, M. C. da; LIMA, R. M. C. 100 Árvores Urbanas – Brasília: guia de campo. Brasília: Editora Rede de Sementes do Cerrado, 2010. 280 p.
5 MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FREITAS, N. P.; MARTINS, R. B. Sementes florestais: guia para germinação de 100 espécies nativas. São Paulo: Instituto Refloresta, 2012. 159 p.
6 LEWIS, G. P. Peltophorum. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB83567>. Acesso em: 15 jul. 2013.
7 RIO GRANDE ENERGIA - RGE. Manual de arborização e poda. Rio Grande do Sul: Gráfica Editora Pallotti, 2000. 40 p.
8 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
9 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Editora Plantarum, 1998. v.1, 360 p.
10 PIVETTA, K. F. L.; SILVA FILHO, D. F. da. Arborização urbana. Jaboticabal: UNESP/FCAV/FUNEP, 2002. 69 p. (Boletim Acadêmico, Série Arborização Urbana). Disponível em: <www.uesb.br/flower/alunos/pdfs/arborizacao_urbana%20Khatia.pdf>. Acesso em: 2 fev. 2013.
11 YAMAMOTO, L. F.; KINOSHITA, L. S.; MARTINS, F. R. Síndromes de polinização e de dispersão em fragmentos da floresta estacional semidecídua montana, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 21, n. 3, p. 553-573, 2007.
12 CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA – CNPF; Brasília: EMBRAPA – SPI, 1994. 640 p.
13 WIELEWICKI, A. P.; LEONHARDT, C.; SCHLINDWEIN, G.; MEDEIROS, A. C. de S. Proposta de padrões de germinação e teor de água para sementes de algumas espécies florestais presentes na Região Sul do Brasil. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 28, n. 3, p. 191-197, 2006.
14 SOARES, M. P. Verdes urbanos e rurais: orientação para arborização de cidades e sítios campesinos. Porto Alegre: Cinco Continentes, 1998. 242 p.
15 LEONHARDT, C.; BUENO, O. L.; CALIL, A. C.; BUSNELLO, A.; ROSA, R. Morfologia e desenvolvimento de plântulas de 29 espécies arbóreas nativas da área da Bacia Hidrográfica do Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre, v. 63, n. 1, p. 5-14, jan./jun. 2008.
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17 ZANGARO, W.; NISIZAKI, S. M. A.; DOMINGOS, J. C. B.; NAKANO, E. M. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas nativas da bacia do Rio Tibagi, Paraná. Cerne, Lavras, v. 8, n. 1, p. 77-87, 2002.