A gurucaia ou monjoleiro é uma árvore comumente usada na arborização urbana de grandes espaços, como praças e parques, assim como na restauração de matas ciliares com ausência de inundação ou com inundações periódicas de rápida duração. Sua madeira é adequada para obras hidráulicas e expostas, construção civil, rural e naval, devido a sua durabilidade natural alta e sua resistência mecânica. Apresenta lenha e carvão de boa qualidade. É indicada para sistemas agroflorestais, para sistema silviagrícola e para sombreamento de pastagens, por apresentar copa ampla. Suas flores são melíferas, de coloração verde .
produtos madeireiros (carrocerias, cochos, dormentes, poste, construção naval, carvão, lenha, carpintaria e marcenaria), produtos não madeireiros (apícola, ecológico, medicinal, ornamental, gomas, substâncias tanantes)
Segundo Carvalho (2003), a espécie apresenta velocidade de crescimento lenta a moderada, porém mostra-se abundante em clareiras abertas. No entanto, Durigan et al. (1997), avalia a velocidade de crescimento da espécie como sendo rápida.
Entre as pragas destacam-se: Caruncho (Merobruchus sp.) Coleoptera bruchidae, infestando frutos e sementes. Entre as doenças: cita-se o damping-off, doença fúngica que ataca o colo da planta, levando-a à morte, na fase de viveiro. Quando em maciços quase puros, é muitas vezes atacada por fungos e brocas-de-raiz, o que provoca a morte em reboleiras, sobrando poucos exemplares ou exemplares ocos.
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É comumente encontrada em margens de rios e suporta inundações periódicas, mas não sobrevive em terrenos encharcados. É de grande importância no reflorestamento de matas ciliares (DURIGAN et al., 1997). Adapta-se melhor a solos profundos e úmidos (SOARES, 1998).
Associa-se com Rhizobium, formando nódulos coralóides (LORENZI, 2002). Segundo Zangaro (2002), em casa de vegetação, a espécie apresenta elevada colonização de Micorrizas Arbusculares (MA), enquanto que, no campo, apresenta baixa colonização de Micorrizas Arbusculares (MA), ou seja, tem resposta mediana a nodulação de MA.
Os frutos são colhidos diretamente na árvore, quando mudam da coloração verde para marrom e iniciam a deiscência. Após a colheita, são colocados ao sol, para que se abram.
Recomenda-se colocar as sementes ao sol logo após a colheita e armazenar em sacos se pano a fim de evitar o mofo. A semeadura deve ser realizada, preferencialmente, em agosto, em canteiros ou recipientes individuais (BACKES; IRGANG, 2004). Lorenzi (2002), sugere que as mudas sejam mantidas em ambiente semi sombreado. A repicagem pode ser realizada de 7 a 15 dias após a germinação e o plantio definitivo quando a planta estiver com 20 cm de altura (BACKES; IRGANG, 2004). Durigan et al. (1997), recomenda que a semeadura seja realizada diretamente em recipientes individuais, uma vez que avalia a planta como sendo sensível à repicagem.
1 BACKES, P.; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre: Paisagem do Sul, 2004. 396p.
2 CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. 1. ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. v. 1, 1039 p.
3 SOARES, M. P. Verdes urbanos e rurais: orientação para arborização de cidades e sítios campesinos. Porto Alegre: Cinco Continentes, 1998. 242 p.
4 MORIM, M. P. Parapiptadenia. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB31381>. Acesso em: 7 jun. 2013.
5 LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
6 DURIGAN, G.; FIGLIOLIA, M. B.; KAWABATA, M.; GARRIDO, M. A. de O.; BAITELLO, J. B. Sementes e mudas de árvores tropicais. São Paulo: Páginas & Letras Editora e Gráfica, 1997. 65 p.
7 RIO GRANDE ENERGIA - RGE. Manual de arborização e poda. Rio Grande do Sul: Gráfica Editora Pallotti, 2000. 40 p.
8 WIELEWICKI, A. P.; LEONHARDT, C.; SCHLINDWEIN, G.; MEDEIROS, A. C. de S. Proposta de padrões de germinação e teor de água para sementes de algumas espécies florestais presentes na Região Sul do Brasil. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 28, n. 3, p. 191-197, 2006.
9 LONGHI, R. A. Livro das árvores: árvores e arvoretas do Sul. Porto Alegre: L & PM, 1995. 176 p.
10 VACCARO, S.; LONGHI, S. J.; BRENA, D. A. Aspectos da composição florística e categorias sucessionais do estrato arbóreo de três subseres de uma floresta estacional decidual, no Município de Santa Tereza - RS. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 9, n. 1, p. 1-18, 1999.
11 ZANGARO, W.; NISIZAKI, S. M. A.; DOMINGOS, J. C. B.; NAKANO, E. M. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas nativas da bacia do Rio Tibagi, Paraná. Cerne, Lavras, v. 8, n. 1, p. 77-87, 2002.